Vítor Pereira «tentou tudo», Daúto elogia «inteligência»

Vítor Pereira, treinador do F.C. Porto, comentando na TVI o empate (0-0) em Olhão, em jogo da 10ª jornada:

«Não estava à espera deste empate, porque trabalhámos muito durante o jogo para outro resultado. Tentámos de uma forma ou de outra, circulámos, fizemos pressão, e tivemos um período muito bom na primeira parte. Voltámos a cair um pouco e tivemos outro período forte na segunda parte, mas depois, quando as coisas não saem, temos poucos espaços, e defrontámos um adversário com muitos homens atrás da bola, as coisas tornam-se mais difíceis».

Sobre a falta de confiança e de agressividade da equipa:

«O F.C. Porto tentou tudo, circulou, movimentou-se. Não posso apontar absolutamente nada aos meus jogadores. É natural que, defensivamente, numa equipa como a nossa, com linha defensiva alta, diante de jogadores rápidos, às vezes as coisas não saiam tão bem. Mas é o preço de quem assume o jogo. Não foi por aí. Falhámos um penalty, e penso que o jogador do Olhanense devia ter sido expulso nesse lance, mas não foi. Estamos a trabalhar todos como equipa, para melhorar, e ir ao encontro da nossa qualidade.»

Liderança em risco? «O campeonato vai ser competitivo, vamos ver os resultados de amanhã e continuar a trabalhar como até aqui.»

Daúto: «Fomos irrepreensíveis»

Daúto Faquirá, treinador do Olhanense, na entrevista rápida da TVI: «Sabíamos que ia ser extremamente difícil, mas estrategicamente a equipa esteve irrepreensível Havia um conjunto de factores que podia jogar a nosso favor, como estarmos bem posicionados, e, com o decorrer do tempo sair um pouco mais, e mostrar ao F.C. Porto que estávamos aqui para discutir o jogo.»

Faltou ambição? «Temos de perceber o que é jogar contra um F.C. Porto que vinha de um parcial de 11-0 para o campeonato. Lembrar que nós, com os nossos parcos recursos, não podíamos jogar com a equipa completamente estendida, deixando espaços entre linhas. Fizemos aquilo que nos competia em função da diferença abissal, que acabou por ser anulada pela aplicação e da inteligência que pusemos em campo.»