O F C Porto não conseguiu vencer o Olhanense e voltou a evidenciar a carência de credenciais que o fizeram campeão na pretérita temporada.

Contra um Olhanense de contenção, que deu a iniciativa à equipa de Vitor Pereira, o nulo registado acaba por se adequar ao que foi o jogo e mostrou o momento (menos bom) por que passam os dragões.

Carácter e entrega, só o treinador Vitor Pereira poderá avaliar. Quanto à qualidade de jogo essa anda ausente e foi visível, principalmente na primeira parte. Não só a Vitor Pereira, que já a tinha detectado frente ao Apoel, mas também a quem viu o jogo. E nesse aspecto, é enorme a diferença para o F C Porto campeão da época passada. Hulk não aparece, Moutinho e Belluschi vão pelo mesmo caminho. Sobraram Fernando, o mais inconformado, Álvaro Pereira e James Rodriguez. E foi por aí que existiu o F C Porto no ataque na primeira parte. Kléber ficou esquecido. Não só nesta impressão como pela equipa. Teve pouca bola. Pela primeira parte, é natural que se dê azo a folclore, como disse Vitor Pereira na antevisão ao jogo.

Assim, foi fácil, na primeira parte, aos algarvios terem passado por poucos sobressaltos. Fizeram por isso, mas a história também poderia ter sido bem diferente. Hulk falhou uma grande penalidade a abrir a partida ( Fabiano Freitas defendeu, o que, se a bola entrasse, poderia mudar tudo.

Foi aos três minutos e os dragões tiveram tempo mais do que suficiente para emendar. Mas tal não aconteceu e, só mesmo durante o minuto de compensação dado pelo árbitro, o campeão ameaçou a baliza dos algarvios. Pelo meio, muita posse de bola dos nortenhos, muita atenção dos algarvios, com o jogo controlado. E com um ensejo para facturar: Mexer, dentro da área, desviou por cima da barra, na sequência de um canto.

Portitas com as orelhas a arder

Vítor Pereira deve ter sido duro na conversa que teve com os seus jogadores, durante o intervalo. Que entraram com tudo. E Hulk apareceu em jogo e, quando assim é, a qualidade é outra.

A bola começou a rolar com outras intenções nas proximidades da baliza algarvia. Hulk e Mangala, este por duas vezes e com um golo anulado por falta de Rolando sobre Fabiano Freitas, ameaçaram a baliza do Olhanense, que levou tempo a reagir ao impacto da entrada azul-e-branca.

Só aos 62 minutos os de Olhão conseguiram subir e Wilson Eduardo rematou à baliza de Helton. Mas este também foi um dos momentos do jogo, com os dragões novamente a ausentarem-se em termos qualitativos. E, aos 78 minutos, Wilson Eduardo voltou a ameaçar, na última jogada de perigo latente junto a uma baliza.

Até ao final, o F.C. Porto tentou sair do zero. Mas sem qualidade é difícil.