Os prometedores tempos de lua-de-mel entre André Villas-Boas e o Chelsea cessaram. A derrota dos
blues em Stamford Bridge perante o Liverpool foi a terceira nos últimos quatro jogos. «Crise!», gritam em Inglaterra. O Chelsea já vai quarto lugar da Premier League, com 22 pontos em 12 jornadas, e a impensáveis 12 pontos de distância do líder Manchester City.
Villas-Boas defende-se. Clama por paciência, pede tempo e acredita ainda estar em condições de lutar pelo título. Por entre as palavras do ex-treinador do F.C. Porto somam-se dúvidas e insiste em pairar um fantasma do passado recente: Guus Hiddink.
Recentemente saído de uma má experiência na selecção da Turquia, o holandês está desempregado e referiu, esta segunda-feira, continuar a manter uma «excelente relação com Roman Abramovich». «Sei que sou sempre bem-vindo em Cobham (centro de treinos do Chelsea)», disse Hiddink, 65 anos.
O experiente treinador já passou pelo Chelsea e efectuou um excelente trabalho entre Fevereiro e Junho de 2009. Conquistou a FA Cup e qualificou o clube para a Liga dos Campeões (terceiro lugar no campeonato).
Hiddink, para já, afasta a hipótese de um regresso imediato a Londres. «Decidi parar para reflectir um pouco. Ainda tenho muita energia para trabalhar, mas quero afastar-me uns tempos do futebol.»
Villas-Boas rejeita o cenário de saída
Os resultados do Chelsea são decepcionantes. Isso ninguém pode escamotear. A equipa perdeu um terço dos jogos já disputados na
Premier League e está claramente pior do que na fase inicial da temporada. À semelhança do F.C. Porto, curiosamente. O banco de Villas-Boas está longe de ser um paraíso, uma cadeira de sonho, tantas são as críticas apontadas ao jovem treinador português.
Para se perceber melhor o alcance das palavras, basta dizer que até Luiz Felipe Scolari fez melhor no período homólogo da época 2008/09.
A evidência assume uma amplitude-extra se olharmos para os números de Villas-Boas no F.C. Porto. No 18º jogo oficial de 2010/11, os dragões receberam e golearam por 5-0 o Benfica. A perfeição absoluta. Os dragões somavam 16 vitórias e dois empates. Nos
blues, o mesmo 18º jogo accionou o sinal de alarme em Stamford Bridge.
O azul em Londres não é igual.
Resultados do Chelsea com Villas-Boas:
Campeonato
Stoke-Chelsea, 0-0 (E)
Chelsea-WBA, 2-1 (V)
Chelsea-Norwich, 3-1 (V)
Sunderland-Chelsea, 1-2 (V)
Manchester United-Chelsea, 3-1 (D)
Chelsea-Swansea, 4-1 (V)
Bolton-Chelsea, 1-5 (V)
Chelsea-Everton, 3-1 (V)
QPR-Chelsea, 3-1 (D)
Chelsea-Arsenal, 3-5 (D)
Blackburn-Chelsea, 0-1 (V)
Chelsea-Liverpool, 1-2 (D)
Total: 7 vitórias, 1 empate, 4 derrotas
Liga dos Campeões
Chelsea-Leverkusen, 2-0 (V)
Valência-Chelsea, 1-1 (E)
Chelsea-Genk, 5-0 (V)
Genk-Chelsea, 1-1 (E)
Total: 2 vitórias, 2 empates
Taça da Liga
Chelsea-Fulham, 0-0, 4-3 g.p. (E)
Everton-Chelsea, 1-2 (V)
Total: 1 vitória, 1 empate
TOTAIS: 10 vitórias, 4 empates, 4 derrotas
Inglaterra
21 nov 2011, 16:10
Villas-Boas sob pressão: fantasma de Hiddink paira em Londres
Ao 18º jogo nos «blues» soa o sinal de alarme; por esta altura, na época passada, o técnico celebrava os 5-0 ao Benfica
PJC
Ao 18º jogo nos «blues» soa o sinal de alarme; por esta altura, na época passada, o técnico celebrava os 5-0 ao Benfica
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