A conferência de imprensa de André Villas-Boas terminou com uma questão curiosa. Com as voltas que dá o mundo do futebol e onde o profissionalismo tem de suplantar o coração, poderia André Villas-Boas, portista assumido, treinar no futuro o Benfica ou o Sporting? Apesar de ser algo frequente no mundo dos treinadores, o líder dos dragões mostrou algumas reticências nos dois cenários.

«Sou profissional de futebol. Obviamente que no caso do Benfica será complicado e não penso mostrar-me disponível para tal. No caso do Sporting não penso que haja interesse da outra parte. Já houve demasiado interesse que foi recusado, digamos assim, embora não tinha sido bem isso», explicou.

«Apoio ao Braga? Portistas também o fariam»

«Mourinho é vencedor nato, eu não tenho essa capacidade»

Já antes, André Villas-Boas tinha sido confrontado com a solidariedade mostrada para com Jorge Jesus, algo que Domingos também fez. O técnico frisou a sinceridade das suas palavras.

Faço-o como um acto natural e não dentro da falsidade. Tem sido o meu tom durante toda a época. Jamais fugi do profissionalismo do Jorge Jesus, jamais fugi da qualidade das suas equipas e de ser um vencedor nato e agressivo. Esse registo esteve sempre em toda a época. O que vem do outro lado dá-me perfeitamente igual», assegurou.

«Não vejo razão para não ficar»

Ora, quando se fala de futuro, a próxima temporada portista tem se ser mencionada. O técnico reiterou a intenção de «manter o máximo de jogadores possíveis» e sobre o seu próprio futuro lembrou que nunca chegou nenhuma proposta.

«Não posso continuar a responder em enredo às vossas perguntas. Se é meu desejo ficar? Acho que sim, não vejo razão nenhuma para que isso não aconteça. Propostas? Não existem, não posso especular», afirmou.

«Não há ilusão de ganhar a Champions»

Por fim, Villas-Boas falou do discurso de Pinto da Costa no «Jantar dos Campeões», esta semana, quando o presidente dos dragões manifestou o desejo de ver o seu treinador continuar por muito tempo na «cadeira de sonho».