Recorde o AO MINUTO
Domingos deu um murro na mesa, dirigiu-se à crítica e atirou-se ao Moreirense com Daniel Carriço no miolo. Os problemas do Sporting, porém, são mais notórios atrás, como provou o primeiro tempo com o Moreirense. Os minhotos passaram largos minutos longe da baliza de Marcelo, mas bastou uma reacção mínima para empatarem e, mais do que isso, deixou nervoso o sector recuado dos leões.
Com dificuldades para começar o jogo em ritmo alto, o Sporting aproveitou as bolas paradas para causar perigo. Tinha sido assim com o Nacional, para a Taça de Portugal, foi assim com o Moreirense, para a Taça da Liga. Schaars primeiro, Carrillo depois quase colocaram a bola dentro da baliza de Ricardo Ribeiro. Enquanto Carrillo e Capel tentavam dinamizar os flancos, talvez faltassem metros a Schaars e Elias. Os médios precisavam de chegar mais à frente para, assim, darem mais apoio a Seba Ribas, em estreia no José Alvalade.
O Moreirense pouco fazia, é certo. Um remate a abrir a partida foi a única jogada visível até ao minuto 27. Marcelo correspondeu e na jogada seguinte ao canto, o leão ia marcar. A noite começava a ser feliz para o Sporting, com um alívio absurdo de Augusto a bater em Bru e a deixar Capel com a bola no pé esquerdo. Golo certo, 1-0 no marcador, e havia um raio de sol para o leão em 2012, ano em que ainda não tinha ganho.
Segundo na II Liga, com muitos jogadores poupados, o Moreirense reagiu. E quando reagiu, marcou. Por Ghilas, um francês loiro como Yebda (ex-Benfica) e que numa acrobacia fez a igualdade, sozinho no centro da área leonina. Um buraco que se abriu e que enervou Rodriguez. O peruano da defesa perdeu uma bola, ficou a pedir falta e os minhotos quase marcavam, com Ghilas a correr para a área e a deixar Luís Pinto com bola para o 1-2. O 7 Moreirense rematou para fora.
Acima de tudo, da primeira parte, ficou a imagem de um leão ainda combalido, notório pela falta da boa agressividade que já mostrou na temporada, mas que, provavelmente, tem vindo a perder à medida que não vence. Ou seja, sobretudo, o problema do leão era psicológico e ao intervalo, Domingos tinha de pôr a equipa num divã.
Bojinov, do penalty ao insulto
O segundo tempo trouxe Bojinov e Matías Fernandez, com Schaars a recuar. O meio-campo de Braga reeditado em Alvalade, para 45 minutos que se previam de sentido único. Na realidade, foi quase sempre assim, mas em marcha lenta. O Sporting não está alegre como antes e isso reflecte-se no desempenho. Note-se que o leão já mostrou futebol na temporada, mas esse ficou em 2011, numa vitória sobre o Marítimo para a Taça de Portugal.
O território ocupado pelo Sporting no segundo tempo foi isso mesmo, apenas terreno. Carrillo dava entrada a Jeffrén, mas o extremo ex-Barcelona também não acrescentou a velocidade, a imaginação que a equipa de Domingos precisava. Disso mesmo deu conta Ghilas, que acreditou em novo golo, embora sem sucesso.
Num leão que apareceu de braços caídos, Bojinov ainda levou à indignação. Jeffren caiu na área e, penalty bem assinalado ou não, o búlgaro pegou na bola para marcar. Matías em campo, a reclamar o pontapé, empurrão do avançado, com colegas a tentarem apaziguar. Remate e defesa de Ricardo Ribeiro, insultos ao búlgaro.
O empate não deita nada a perder, é certo, mas o lance final e a volta de João Pereira a despedir-se dos adeptos podem ser indícios de que algo está a mudar em Alvalade. Para o bem, para o mal? Olhão terá a resposta.
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TL: Sporting-Moreirense, 1-1 (destaques)
TL: Sporting-Moreirense, 1-1 (crónica)
TL: Sporting-Moreirense, 1-1 (resultado final)