Dois golos em vinte minutos, mais um a fechar o primeiro tempo e a vitória, à segunda, na Taça da Liga (3-0). O resultado desta noite não dá azo a grandes festejos mas permite continuar a sonhar, numa competição que já não faz parte dos horizontes deste Beira-Mar.

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Na Taça da Liga, o F.C. Porto corre em contra-relógio. O desaire com o Nacional obriga os dragões a arrepiar caminho. E nem o êxito interno dá garantias de sucesso geral. A competição ainda não cativa, as esperanças azuis e brancas dependem de terceiros e estes jogos até vão servindo para rodar jogadores. Talvez por isso tenham sido pouco mais de 16 mil os espectadores que quiseram ver a segunda amostra do F.C. Porto na prova. Os que foram, deram-se bem.

O fantasma de Anselmo nem chegou a pairar, desfeito num arranque que não deixou margem para dúvidas. Leonardo Jardim, ciente daquilo que é prioritário para a equipa, manteve apenas Kanu dos habituais titulares. Estas segundas escolhas foram carne tenra para um dragão faminto.

Walter decidiu (Destaques do encontro)

Villas-Boas mexeu no onze, chamou Souza e Walter à titularidade, entre mais mexidas. O avançado continua a responder com números às dúvidas que lhe apontam. No sítio certo aproveitou a bola largada por Paes e deu o primeiro golpe. O guarda-redes do Beira-Mar, de resto, foi o epicentro do terramoto ofensivo azul e branco. Parou o que conseguiu, foi ao fundo da baliza buscar as outras.

Como o remate de Rafa, ainda antes dos 20 minutos, num lance em que o lateral portista foi isolado por...Walter. Mais pontos para o brasileiro: um golo e uma assistência em 20 minutos. Villas-Boas já lhe elogiou a média, o «Bigorna» faz questão de mantê-la.

Jogo decidido, caminhos fechados

Nesta altura do jogo a dúvida maior já seria adivinhar o resultado final. O vencedor não parecia discutível e os números iriam depender da vontade de acelerar da equipa. Que deveria ter ordens para não poupar esforços. Se o Nacional tropeçar em Aveiro e os dragões vencerem o Gil Vicente será nos golos que tudo se decide. É a esse ramo, ainda que fino, que a equipa de Villas-Boas se terá de agarrar.

Confira a Ficha de Jogo

Sem reacção possível, os aveirenses viriam a sofrer novo golo antes do intervalo. Por sinal, o melhor. Um Fernando a fazer de Guarín (quantas vezes foi ao contrário?), encheu o pé e deu mais uma ajuda às contas azuis e brancas.

O momento alto da noite deu, depois, lugar à gestão. Com ela foi-se a inspiração. Moutinho e Hulk ficaram no banco, Micael e Mariano tiveram nova oportunidade de mostrar serviço. O Beira-Mar, reorganizado por Jardim nas cabines, tapou melhor os caminhos e ameaçou a defesa da honra. Tatu impulsionou os aveirenses e Sérgio Oliveira não esteve longe de marcar à «sua» equipa.

Um fogacho que não alterou o rumo traçado cedo. O Beira-Mar está fora da Taça da Liga, o F.C. Porto esbraceja para se manter à tona, com o peso da única derrota da época em cima. O desaire foi corrigido com afinco. A ferida aberta só poderá ter cura em Barcelos. Se o rival desta noite ajudar.