Walter: rendem-se aos números?

É lento a decidir? Erra passes? Não parece substituto à altura de Falcao? As críticas sucedem-se e o brasileiro responde com golos. Afinal o que é mais importante? Novo tento esta noite, a abrir o activo. Aliás, em abono da verdade, Walter está nos três golos portistas. Marcou o primeiro, isolou Rafa no segundo e ainda fez o remate que permitiu a Fernando a recarga que valeu o terceiro. O estilo pode não impressionar, mas os números vão fazendo mossa.

Fernando: também lança mísseis

«Mister, também sei!». Será mais ou menos isto que Fernando quis dizer a André Villas-Boas com o golo que apontou esta noite. Guarín marcou pontos à bomba, Fernando respondeu com a mesma moeda. Mais de perto, igualmente eficaz. Num jogo em que gozou de liberdade extra pela ajuda de Souza, Fernando foi aparecendo mais vezes à entrada da área. Numa dessas ocasiões fez o golo da noite. E a luta pelo lugar aquece ainda mais...

Hulk, 45 minutos a aquecer Paes

Foi um bombardeiro, por assim dizer. Aqueceu as mãos a Paes numa mão cheia de lances. O guardião do Beira-Mar foi evitando que festejasse, mas o «Incrível» não se rendeu. Correu e disparou. Voltou a correr e a atirar. Mas nunca teve a sorte de outras campanhas. Ficou no banco ao intervalo, porque um «super-herói» também descansa.

Rafa, porque o primeiro é especial

Será difícil esquecer-se o nome que o levou ao F.C. Porto. Emídio Rafael é agora Rafa, numa nova casa, com novos hábitos. A mudança estranhou-se e o lateral não foi dando muitos motivos para que entranhasse. Começa, agora, a subir de forma. E já marca. Quando parecia ter decidido mal ao não entregar a Hulk, aguentou bem a carga de Jaime e estreou-se a marcar com a camisola do F.C. Porto.

Paes e Sérgio Oliveira

O guarda-redes segurou o que conseguiu, sobretudo na primeira parte. O médio, que até é dos Dragões, foi quem mais perto esteve de marcar. Salvaram-se perante o deserto de ideias dos companheiros.