Este é um daqueles textos fáceis.
No fundo serve apenas para agradecer o êxito de Susana Feitor, bronze nos 20 quilómetros marcha, durante os Mundiais que decorrem em Helsínquia.
O atletismo habituou-nos a este tipo de feitos. Passamos o ano sem prestar grande atenção ao trabalho dos melhores atletas, mas nas grandes competições somos quase sempre premiados com um momento de emoção nacional.
Provavelmente todas as medalhas são especiais para quem as ganha. Por trás existem sempre horas de treino muitas vezes solitário, em condições duras, além de lesões e sonhos desfeitos. No atletismo, como em outros desportos individuais, trabalha-se a pensar em grandes competições e por vezes basta uma gripe para deitar a perder o esforço de meses.
No caso de Susana Feitor é de anos que falamos. Júnior promissora, a atleta de Rio Maior viu os anos passarem sem que o esperado sucesso surgisse. Desta vez foi para a Finlândia tranquila, sem grandes aspirações. Chegou ao final em terceiro e teve a recompensa que talvez já nem esperasse. Para uma atleta que nasceu longe das grandes cidades, o bronze é mais do que merecido.