Aí está a nona! Não de Ludwig van Beethoven, mas a de Domingos Paciência que acrescentou mais uma vitória à fantástica série que mantém o leão no topo, lançado na perseguição a Benfica e F.C. Porto. O Gil Vicente, fiel à promessa de Paulo Alves, veio a Alvalade discutir o jogo, mas encontrou um leão sorridente que agradeceu os espaços concedidos e encheu a barriga (6-1).

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Domingos Paciência fez duas alterações, com Insua e Elias a regressarem ao onze, em detrimento de Evaldo e Pereirinha. Pequenas remodelações que o treinador vai fazendo, jogo após jogo, sem descaracterizar a equipa que parece estar cada vez mais personalizada, com destaque para a estabilização do sector defensivo, mesmo com as limitações dos seus componentes: Rodríguez continua lesionado, Oniewu recuperou, mas ficou no banco, mantendo-se a dupla Polga/Carriço que esta noite esteve em plano de destaque.

O Gil Vicente entrou em campo com uma equipa bem estendida no relvado, a fazer jus às ideias do treinador que tinha anunciado que vinha a Alvalade para marcar golos. Os leões encontraram, assim, muito espaço para impor o seu jogo, explorando bem as alas, com a velocidade de Capel, sobre a esquerda, e com a ousadia de João Pereira, do lado contrário. O lateral ultrapassou muitas vezes os territórios de Elias e Matias para invadir a área e provocar desequilíbrios.

O primeiro golo chegou cedo, com protagonistas inesperados. Na sequência de um pontapé de canto que tinha proporcionado um remate frouxo a Van Wolfswinkel, Polga entrou de rompante na área e levantou a bola para o cabeceamento certeiro de Carriço. Uma dupla que parecia estar condenada a um segundo plano, mas que, devido às contingências, tem superado as expectativas e continua a marcar pontos, agora também com golos.

Paulo Alves foi obrigado a trocar Pedro Moreira por Guilherme, por motivos físicos, mas manteve-se fiel ao 4x3x3 alargado que trouxe a Alvalade e chegou a incomodar o leão, com rápidos contra-ataques, com Richard e Laionel a procurarem tirar dividendos das subidas dos laterais leoninos. Mas era o Sporting que mandava no jogo, quase sempre pelas alas, com Capel sempre a rasgar no seu flanco, colocando dificuldades a Eder e permitindo a Van Wolfswinkel entrar no jogo.

No lado contrário, jogava-se com mais paciência, com rápidas combinações entre Matias, Elias e, sobretudo, João Pereira, a abrirem espaços na defesa minhota, com destaque para um chapéu do lateral que proporcionou a Adriano a defesa da noite. Pelo meio, três livres, três experiências diferentes, com Insua, Schaars e Matias, mas só o chileno é que conseguiu provocar algum perigo, proporcionando mais uma boa defesa a Adriano.

Van Wolfswinkel abre festival

A segunda parte prosseguiu nos mesmos moldes, com o Gil a incomodar pouco a atacar e muito macio a defender, deixando as alas livres para os leões ganharem profundidade e chegarem com facilidade à baliza de Adriano. Com João Pereira eufórico, o lado direito continuou a ser o mais produtivo. Foi desse flanco que nasceu o segundo golo, com Van Wolfswinkel a entrar na área e a ser derrubado por Hallison. O holandês não falhou dos onze metros e ficou aberto o festival. Uma abertura de Elias e mais um cruzamento de João Pereira proporcionaram o golo da noite a Diego Capel. Depois entrou Carrillo para o lugar de Matias e novo golo de Capel. Dois golos de cabeça para o espanhol!

A equipa não tirou o pé do acelerador e Domingos também não, lançando ainda Rubio e Bojinov para a contenda. Mas no meio de tanta euforia, foi o Gil, discretamente, que reduziu, por Roberto. A fechar a noite, mais um «bis» de Bojinov, os primeiros golos do búlgaro, para a fazer a conta certa para ultrapassar o Braga na classificação. 6-1!