Chamado pela última vez por Paulo Bento em outubro para um jogo contra o Luxembrugo, em substituição do castigado Pepe, Rolando ainda acredita ir a tempo de recuperar um lugar nas escolhas regulares do selecionador nacional.

O defesa do Inter de Milão não tira o Mundial-2014 da cabeça e confidencia, em entrevista ao Maisfutebol, ter recebido do selecionador nacional vários votos de confiança.

Está há algum tempo afastado das opções de Paulo Bento. Ainda acredita na presença no Mundial-2014?

«Claramente. É um dos meus grandes objetivos. Tenho consciência de que é difícil, mas conheço as minhas capacidades e se jogar no Inter sei que tenho as portas abertas da seleção. Aliás, vestir a camisola de Portugal é uma forma de eu pagar a dívida que tenho para com um país que me deu tudo.O Mundial é onde todos os jogadores querem estar e eu quero estar nesse lote restrito. É o momento mais alto na carreira de qualquer jogador».

O Paulo Bento falou consigo depois de ter deixado de o chamar à seleção?
«Sim, o mister Paulo Bento disse-me sempre que conta comigo, mas que o facto de não jogar tornava justa a chamada de outros centrais. Tenho de continuar a trabalhar e fazer bem as coisas porque sei que faço parte do grupo de selecionáveis. Ainda há pouco o Pepe teve de cumprir um jogo de castigo e o selecionador chamou-me. Isso prova que continua a confiar em mim».

Pepe, Bruno Alves, Neto, Ricardo Costa… a concorrência é forte.
«Portugal está muito bem servido de centrais e é complicado para o selecionador fazer as suas escolhas. Não importa quem está a jogar, o que importa é dar sempre tudo quando somos chamados».

Custou-lhe ter de assistir pela televisão ao play-off contra a Suécia?
«Estando de fora o sofrimento triplica. Mas eu sabia que o nosso grupo é forte. E temos jogadores que fazem a diferença. Acreditei sempre que íamos afastar a Suécia. O Cristiano Ronaldo foi fantástico, é um capitão excelente e uma figura muito importante. Cria um ambiente fenomenal. Tenho sentido falta de estar com alguns amigos da seleção».

Que ideia tem sobre as seleções adversárias de Portugal no Mundial?
«A Alemanha tem uma das melhores seleções do mundo. Sabemos isso. Jogámos contra eles no Europeu, o resultado foi mau, mas a exibição bem conseguida. É uma equipa fora de série. Dos EUA não tenho muitas informações, não sei bem o que esperar, sinceramente. Sobre o Gana sei que tem jogadores fortíssimos fisicamente. Jogam mais com o coração do que com a cabeça. Vai ser um grupo difícil e equilibrado, mas o Mundial é mesmo assim».