Para não variar, o dérbi da Madeira terminou empatado. O Marítimo até esteve melhor na primeira parte e marcou primeiro. Mas a expulsão de Rúben Ferreira complicou. O Nacional ainda conseguiu a reviravolta no marcador com golos de Candeias e Rondon, mas Luís Alberto, acabado de entrar, já em tempo de descontos, fez a grande penalidade e Heldon não perdoou. O empate aceita-se pelo que as equipas fizeram. Os maritimistas ficam melhor pois continuam sem perder há nove jornadas e mantém onze pontos de vantagem sobre o rival.

Pedro Caixinha apostou num 4x3x3, naquele que foi o seu jogo de estreia na Choupana. E surpreendeu ao deixar Luís Alberto no banco, apostando num meio campo com Andrés Madrid, Mihelic e Juliano. Por seu turno, Pedro Martins manteve a equipa que vem vencendo jogos atrás de jogos, no sue tradicional 4x3x3. Assim, as duas equipas estavam bem encaixadas, mas eram os maritimistas que assumiam mais o sentido da baliza. Logo aos 2 minutos, Olberdam num cruzamento remate quase surpreendia Marcelo. Seriam de novo os visitantes a assustar Marcelo, com o livre directo de Rúben Ferreira, com o guarda-redes brasileiro a socar perante a potência do remate. E dando alguma consistência ao seu futebol, Baba colocou a sua equipa em vantagem aos 28 minutos aproveitando um excelente passe de Roberto Sousa e levando a melhor sobre Felipe Lopes.

Os locais acusaram o golo. Circulavam a bola mas com pouca objectividade em termos da baliza de Peçanha. Até que, aos 45 minutos, aconteceu a expulsão de Rúben Ferreira, numa entrada dura sobre Neto, mas com o central alvinegro também a nãos er nada meigo com sua entrada sobre o defesa do Marítimo. Bruno Paixão apenas expulsou o pupilo de Pedro Martins que até ao intervalo não mexeu no seu onze. A tarefa ficou mais complicada para o conjunto verde-rubro.

Candeias reacendeu a alma alvinegra

No recomeço, ambos os técnicos mexeram nos seus onzes. O Marítimo lançou Luís Olim reequilibrando a sua defesa, enquanto Caixinha apostou em Candeias para o lugar de Mihelic. Apesar de jogar com menos um jogador, os homens de Pedro Martins apresentaram-se serenos e com confiança face à vantagem que tinham, tapando bem o caminho para a sua baliza. Só aos 66 minutos, os alvinegros conseguiram criar perigo e forma eficazes. Stojanovic cruzou na esquerda, Rondo não conseguiu o desvio, mas surgiu Candeias ao segundo poste a bater Peçanha que ainda tocou na bola.

Animados pelo golo, os locais foram ganhando o controlo do jogo. E Juliano aos 74 minutos tentou a sua sorte de longe, com o remate a passar muito perto da baliza de Peçanha. O dérbi animava!

Rondon animou Choupana e Heldon calou...

No entanto, o resultado teimava em não se alterar. O conjunto visitante foi lutando como podia para não abrir brechas e os nacionalistas também iam jogando mais com o coração e com a determinação, mas sem grandes ideias em termos ofensivos.

Até que aos 88 minutos, Rondon ganhou a Roberge e levou a melhor sobre Luís Olim e à saída de Peçanha, bateu o guarda-redes do Marítimo. Foi a explosão de alegria nos adeptos do Nacional. Rondon veio abraçar o presidente Rui Alves. Estava consumada a reviravolta no marcador.

No tudo por tudo, Peçanha foi lá à frente no canto, e atrapalhou a defesa nacionalista. João Guilherme rematou e Luís Alberto fez grande penalidade cortando o lance com a mão. Já em tempo de compensação. Heldon não perdoou e fez o empate e Bruno paixão deu por terminada a partida. Fez-se justiça, diga-se.