Na Turquia, como no Brasil, com a Taça das Confederações, há uma sociedade em polvorosa a relegar para segundo plano o arranque do Mundial de sub-20, nesta sexta-feira. Mas enquanto o primeiro-ministro Erdogan sofre para manter a legitimidade política, face à dimensão dos protestos de rua, sete cidades do país vão servir de palco a uma das competições mais interessantes do futebol internacional.

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Historicamente, o Mundial de sub-20 é a prova que serviu de rampa de lançamento a nomes como Maradona, Prosinecki, Savicevic, João Pinto, Figo, Rui Costa, Riquelme, Aimar, Xavi, Casillas, Saviola, Messi, Aguero e Oscar, para citarmos só alguns campeões do mundo neste escalão.

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Mas é, também, uma competição mais aberta do que a sua congénere sénior, especialmente nesta edição que, pela primeira vez em 36 anos, não conta com nenhuma das grandes potências sul-americanas, Brasil e Argentina. Assim, Portugal, Espanha e Gana, únicos campeões do Mundo presentes na fase final, integram por direito próprio um leque de potenciais candidatos, este ano ainda mais amplo do que o habitual.

Portugal, vice-campeão em 2011, surge na Turquia com uma equipa teoricamente mais talentosa do que a sua antecessora, mas que deixou vários pontos de interrogação quanto à consistência nos últimos ensaios gerais, torneio de Toulon incluído. Por isso, faz sentido a abordagem prudente de Edgar Borges e dos jogadores, que definem a passagem à segunda fase como objetivo prioritário, antes de pensarem em algo mais. Com dois apurados diretos e repescagem para os melhores terceiros, não parece objetivo demasiado ambicioso, num grupo B em que o favoritismo é repartido com a Nigéria, e em que Cuba parece destinada ao último lugar.

A estreia desta sexta-feira, com os nigerianos, pode dar o tom para uma prova em que Portugal integra uma segunda linha de favoritismo. Na linha da frente poderemos incluir Espanha, campeã europeia de sub-19 e grande dominadora no panorama de seleções da última década, e a França, que enfrenta os espanhóis num poderosíssimo grupo A, onde é preciso não descartar o Gana, primeiro campeão mundial do continente africano, em 2009.

Colômbia, recente vice-campeã do torneio de Toulon, surge como equipa mais forte no grupo C, enquanto o México, é ligeiramente favorito num equilibrado grupo D, que integra o surpreendente campeão sul-americano, o Paraguai, com dois jogadores ligados ao Benfica, Rojas e Derlis Gonzalez.

O contingente sul-americano está igualmente bem representado pelas seleções de Chile (grupo E) e Uruguai (F), que também não podem ser descartadas do lote de candidatas à vitória. Já a Inglaterra, do sportinguista Eric Dier, terá de lutar para se impor num grupo E onde, além dos chilenos, há uma competitiva seleção do Egito, com destaque para o avançado Hassan, do Rio Ave.