José Mourinho insistiu na ideia de que o Chelsea não é favorito ao título em Inglaterra, mesmo depois da vitória sobre o Manchester City, e não gostou de ouvir perguntar se esse discurso não era mais um dos seus mind games.

«Comigo é tudo mind bames, tudo o que digo e faço. A única coisa que não é mind games são os resultados», atirou o treinador, depois de ter começado a conferência de antevisão do jogo com o Newcastle a falar de objetivos. «O nosso grande objetivo é ficar entre os quatro primeiros, se possível entre os três primeiros. Não digo que não vamos ganhar a Premier League, digo que não somos candidatos. Digo que somos outsiders, que estamos a jogar a nossa liga contra nós próprios, a tentar melhorar, a tentar o melhor resultado contra os adversários.»

«Não somos uma equipa como o City, com os melhores jogadores no melhor momento das carreiras, na idade da estabilidade, todos a trabalhar juntos há muito tempo, um treinador que chegou e a equipa já estava pronta para ele», prosseguiu Mourinho: «O Arsenal é o melhor exemplo de estabilidade, de um treinador a trabalhar com jogadores ano após ano. Ele trabalha com estes jogadores deles que eram jovens: Ramsey, Sagna, Walcott, Wilshere. Nós somos diferentes. Estamos a começar. No primeiro dia da próxima pré-época, direi: ‘Sim, estamos lá’. E aceito que as pessoas considerem o Chelsea tão candidato como outros. Hoje não. Estamos lá porque estamos a fazer muito bem. Ou talvez porque os outros não estão a fazer tão bem como deviam. Mas não nos ponham no mesmo patamar. Não temos as mesmas responsabilidades, de certeza.»

O treinador também disse que não irá arriscar Fernando Torres, a recuperar de lesão, no jogo deste sábado: «Se fosse o ultimo jogo da época, diria vamos. Mas com muitos jogos, não está certo arriscar agora. Não é altura de perder jogadores, é altura de tentar tê-los todos. Terça-feira há uma possibilidade muito maior de ele jogar.»