O Ministério Público (MP) pediu esta quinta-feira entre oito a dez anos de prisão para César Boaventura, empresário de futebol que é um dos principais arguidos do processo «Operação Malapata».

Segundo o procurador, ficou provado toda a acusação deduzida contra Boaventura, ele que esteve presente na sessão e que responde por cinco crimes de burla qualificada, três de falsificação documental, um de fraude fiscal e um de branqueamento de capitais.

«Na nossa opinião, a versão do arguido não merece credibilidade e deverá ser afastada. Durante um interrogatório, deu explicações contraditórias e sem lógica», justificou o MP, citado pela Lusa.

Advogado de César Boaventura, Carlos Melo Alves pediu a absolvição do seu cliente: defendeu que ainda não foi notificado sobre a existência de um documento que foi apresentado como meio de prova pelo MP.

Em fevereiro, recorde-se, Boaventura foi condenado a três anos e quatro meses de prisão, com pena suspensa, depois de ter sido dado como provado o aliciamento a Cássio, Macelo e Lionn, antigos jogadores do Rio Ave, para que facilitassem num jogo ante o Benfica, em 2015/16, a troco de dinheiro.