Provavelmente porque o mito está cada vez mais perto do fim, a loucura do mundo do futebol em torno de Cristiano Ronaldo está a atingir níveis épicos no Euro 2024.

Geralmente é nos Mundiais que se assistem aos episódios mais bizarros em torno da paixão dos adeptos pelo português, até porque os Mundiais têm adeptos sul-americanos, africanos ou asiáticos, que têm menos contacto com o astro e aproveitam a grande competição para tentar chegar a ele. Apesar disso, este Euro 2024 não tem ficado nada atrás. Pelo contrário, em muitos aspetos está até muito acima.

Eles aparecem de todo o lado: até vindos do céu

Ainda não se tinha visto, por exemplo, um adepto voar por cima da cobertura do túnel de acesso aos balneários, para chegar perto do português.

Aconteceu esta quarta-feira, em Gelsenkirchen, e foi de um risco tremendo. Sobretudo para o jogador, que viu um adepto cair-lhe mesmo à frente vindo do céu, sem lhe acertar por muito pouco. A cara de surpresa de Cristiano Ronaldo, aliás, é sintomática.

A loucura está em todo o lado: até nas camisolas do adversário

Quando o tema é Cristiano Ronaldo, não há adversários. O português é um fenómeno de paixões a nível mundial, ao ponto de haver gente que compra a camisola do seu país e lhe coloca nas costas o nome de... Ronaldo.

Aconteceu por exemplo frente à Geórgia, e foi visto nas redes sociais. Três georgianos, juntos, todos com o nome do português nas costas da camisola nacional. Como estes, aliás, haverá muitos mais espalhados pelo Euro 2024.

O dia mais feliz da vida de Kvaratskhelia

Ainda em Gelsenkirchen, é impossível não falar da demonstração de afeto de um craque como é Kvaratskhelia. A estrela georgiana, um dos melhores do mundo nesta altura, estava a correr louco após o apito final, quando viu Ronaldo, parou, foi-lhe dar um abraço e ainda aproveitou para lhe pedir a camisola.

No final da partida, ficou mesmo com a camisola do português e com o prémio de melhor em campo, ainda teve oportunidade de estar com o ídolo e confessou nas redes sociais que tudo tinha sido «um sonho».

A menina que teve de tocar-lhe para ter a certeza que era real

Antes do jogo com a Turquia, houve outro momento curioso. Aconteceu quando uma menina que tinha entrado com Diogo Costa pela mão quis tocar no astro para ter a certeza que era real.

Aconteceu quando os jogadores já estavam perfilados para escutar os hinos. A menina olhou para trás e tocou no braço esquerdo do capitão da Seleção. Olhou para o lado e comentou algo com outra menina, como se tivesse acabado de comprovar que, ao contrário de outros, aquele super-herói era mesmo de carne e osso. Depois, trocou, sorridente, um olhar com CR7.

Uma invasão, duas, três, quatro, já chega, não?

No jogo anterior, em Dortmund, as medidas foram menos apertadas para os adeptos e o resultado foi um festival de invasões ao relvado. Começou com uma criança de dez anos, que disse ao pai que ia à casa de banho e aproveitou para invadir o campo, saltando por cima de um banco. Ronaldo recebeu-a de braços abertos e estragou tudo.

Ao perceber que havia ali, na cobertura dos bancos de suplentes, um buraquinho por onde podiam saltar para o relvado e fugir à segurança, outros adeptos tentaram também ser recebidos de braços abertos. Ao todo foram quatro invasões durante os noventa minutos, mas só aquela criança inicial teve direito a um sorriso: Ronaldo perdeu a paciência, claramente. Tal como os companheiros, de resto.

Loucura por Ronaldo já causou vítimas

Não é fácil, aliás, ser companheiro de Cristiano Ronaldo. Quando se trata de adeptos, os colegas são frequentemente transformados em figurantes, eles que durante o resto do ano são figuras principais em alguns dos maiores clubes do mundo.

Veja-se o caso de Gonçalo Ramos, por exemplo. Joga no PSG, foi uma das mais caras transferências dos últimos anos, fez até um hat-trick no Mundial 2022 e em Dortmund acabou... atropelado por um segurança que só tinha olhos para proteger Ronaldo de mais um invasor. É que, além dos quatro que entraram em campo durante os noventa minutos, houve mais três a invadir o relvado após o apito final.

Colegas são até obrigados a ser seguranças

Há outros casos em que os companheiros de Ronaldo não são vítimas, mas são seguranças. Também eles a ajudar a zelar pela segurança do astro. Aconteceu em Marienfeld, no final do treino aberto, quando vãos adeptos invadiram o relvado e José Sá, por exemplo, andou a trabalhar para impedir que chegassem ao capitão.

Mas aconteceu também em Leipzig: já após o apito final, quando a seleção dava a volta ao relvado de agradecimento, um adepto entrou em campo e correu na direção de Cristiano. O capitão começou a gritar para alertar os seguranças e foi Rui Patrício que travou o adepto, impedindo-o de seguir na direção de Ronaldo.

«Ronaldo saia para o poster»

Em Marienfeld, de resto, houve o caricato episódio, apanhado pelo Canal 11, de um carro que andava a dar voltas ao hotel da Seleção Nacional com o som no máximo e a Siri a dizer num português arcaico «Ronaldo saia para o poster».

Provavelmente estava a pedir para Cristiano vir à rua tirar uma fotografia, mas a Siri nem sempre é boa com línguas. Impressionante, de facto, é o que os adeptos fazem para poder chegar mais perto do astro português.