Maradona será apresentado oficialmente esta terça-feira como novo seleccionador da Argentina. A cerimónia solene está marcada para as 17h00 de Buenos Aires (mais duas horas em Portugal) e promete não ser pacífica. É que «El Pibe» já terá mais certezas quanto à sua primeira lista de convocados do que em relação aos adjuntos que vai ter na equipa técnica.
A Federação Argentina de Futebol (AFA) ainda ontem tinha anunciado que, além do secretário geral Carlos Bilardo e do seleccionador Maradona, a apresentação oficial da equipa técnica incluiria os treinadores adjuntos Sergio Batista e José Luis Brown. A partir daí estalou a polémica.
Maradona quer ter como adjuntos Oscar Ruggeri e Alejandro Mancuso, mas o presidente da AFA, Julio Grondona, opõe-se à entrada do antigo campeão do Mundo com «El Pibe» e Bilardo em 1986.
Com Ruggeri procuro um apoio forte que me saiba entender. Com Mancu, Grondona não colocaria objecções. Vamos continuar a insistir e a ver o que acontece», afirmou Maradona citado pelo Clarín enquanto o presidente da AFA foi mais lacónico ao Olé: «O Diego não assinou. [Não quero dizer] nada. [Só] que o Diego nunca assinou.»
«Sabia que não ia ser fácil, que ia ter contrariedades. Mas não vou cair. Nada me vai dar a volta. Estou forte. Mesmo que seja mais fácil compor a lista de convocados do que o corpo técnico», disse Maradona assumindo «liberdade para fazer o que quiser» e garantindo que «Batista e Brown vão continuar nas selecções jovens». «Não deixo ninguém sem trabalho», disse.
Está assim prometida a polémica na apresentação de Maradona, que vai coincidir com a sua primeira convocatória. A lista para o jogo amigável do próximo dia 19, na Escócia, deverá ter poucas alterações em relação às últimas equipas albi-celestes e a imprensa argentina mantém o benfiquista Di Maria nos eleitos e o portista Lucho González de fora das opções.