*por Pedro Morais

O momento: Erivelto ao poste pôs Moreira em alvoroço.

Minuto 83. Cruzamento da direita de Renato Santos e Erivelto, que havia entrado ao minuto 66 para o lugar de Schembri, cabeceou ao poste. Foi o melhor lance de todo o jogo e o mais perto que qualquer uma das equipas esteve do golo.

A Figura: Fábio Espinho, desequilibrador com muita classe

Passeou no relvado do Bessa a irreverência que lhe é conhecida. Jogou como médio mais avançado no 4-3-3 de Miguel Leal e foi sem dúvida alguma uma peça chave na construção de jogo do Boavista. A capacidade técnica do médio português sobressaiu num jogo pautado pela falta de imaginação. Grande parte das jogadas do Boavista passaram pelos pés de Fábio Espinho, que sabe sempre o que fazer com a bola.

Outros destaques:

Idris: Num jogo muito dividido e nem sempre bem jogado, Idris foi um dos elementos que mais se destacou. Com um posicionamento bem definido e alguma clarividência na saída de jogo, o médio senegalês foi preponderante nas transições boavisteiras, tanto a defender como a atacar. Funcionou como um pêndulo no meio campo axadrezado, não permitindo possíveis desequilíbrios táticos e secando os médio mais criativos do Estoril.

Diogo Amado; Um jogo muito parecido ao de Idris, mas do lado contrário. Começou a partida ao lado de Afonso Taira, no 4-2-3-1 inicialmente apresentado por Fabiano Soares, mas cedo se adiantou no terreno, assumindo as funções de 8 na mudança tática para 4-3-3. No papel de «box-to-box», não vestiu a pele de desequilibrador, mas foi um dos elementos que concedeu mais equilíbrio ao futebol estorilista.

Edu Machado: Começou a partida de forma tímida, concentrando esforços em anular a criatividade de Mattheus Oliveira. Com o avançar do tempo de jogo, fez mais incursões pelo corredor direito e criou lances de perigo junto da área do Estoril. Foi protagonista de um momento de levantar a bancada, quando matou um passe de Carraça no peito e meteu um túnel a Joel Ferreira. Não fosse a antecipação de Mattheus já dentro da área, o lateral direito axadrezado podia ter causado danos.

Renato Santos: Rápido, irrequieto e inteligente. Movimentou-se bem pelos flancos e pôs em alvoroço os laterais do Estoril. Foi dos pés de Renato Santos que saiu o cruzamento para o cabeceamento de Erivelto, o momento do jogo.