Os catorze clubes que pretendem discutir a saída de Mário Figueiredo da direção da Liga vão requerer novamente uma Assembleia Geral para o efeito, depois de rejeitado o pedido inicial devido à existência de quotas em atraso por parte de alguns subscritores.

«Havia um vício de forma, mas era perfeitamente sanável. Em muitos casos esse vício já estava sanado, pois as quotas já estavam pagas quando fez o despacho de negação », disse José Eduardo Simões, presidente da Académica, após a reunião desta terça-feira, em Leça da Palmeira, citado pela agência Lusa.

Em comunicado enviado às redações, este conjunto de clubes critica a ação de Carlos Deus Pereira, presidente da mesa da Assembleia Geral da Liga. «Repudiamos veementemente o estilo e a forma como tratou o pedido feito pelos clubes», refere o documento, elaborado pelos representantes de FC Porto, Sp. Braga, V. Guimarães, V. Setúbal, Belenenses, Nacional, Olhanense, Académica, Rio Ave, Arouca, Tondela, Penafiel e União da Madeira.

«Esqueceu-se ainda que é prática e uso habituais da Liga proceder ao pagamento das quotas através de encontro de contas com créditos que os clubes têm sobre a própria Liga, o que neste caso se verificava e como se veio a proceder em meados do mês transato», refere o comunicado, que fala em 25 dias para ser conhecida a decisão.

Os clubes acusam mesmo Carlos Deus Pereira de ter um comportamento «deliberadamente parcial, irresponsável e não compatível com os deveres objetivos a que está obrigado», esperando agora que a Assembleia Geral seja marcada o mais rapidamente possível.