O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considera que o movimento de alguns clubes que o querem destituir (ver peças relacionadas) tem por base pressões da Olivedesportos. A empresa de Joaquim Oliveira detém a maior parte dos direitos televisivos do futebol profissional português.

«O que está em causa é que estamos a chegar ao mês de dezembro - altura em que o operador [Olivedesportos] paga a primeira prestação [dos direitos televisivos] aos clubes relativos à época em curso - e os clubes estão numa situação de estado de necessidade perante esses pagamentos», disse Mário Figueiredo, à margem de um seminário em Lisboa sobre "Direitos Televisivos no Desporto" e citado pela Lusa.

O dirigente diz que «aquilo a que estamos a assistir neste momento é a medidas desesperadas por parte do operador, que (...) está a fazer pressão junto dos clubes, nomeadamente a alguns clubes que estão mais do lado da Liga, que em vez de cheque ou dinheiro são pagos em letras».

Mário Figueiredo concluiu depois: «Os clubes na sua globalidade estão a receber 60 milhões. Não é aceitável que os clubes sejam espoliados de dois terços das receitas que andam à volta do futebol. Foi o facto de ter posto o dedo na ferida e ter demonstrado publicamente estas contas que criou esta situação. Obviamente, é difícil para os clubes morderem a mão que ainda os alimenta.»