A 16ª jornada da Liga, ponto de arranque para a segunda volta, não trouxe alterações no pódio. O Sporting entrou em campo no sábado, venceu e ficou à espera dos seus adversários na luta pelo título. Benfica e FC Porto responderam à altura, no domingo, deixando tudo na mesma.
Seria redutor limitar a análise ao desempenho dos grandes nos seus compromissos. Há outro aspeto a destacar: a arte que demonstrou ser à prova de água. Com terrenos pesados num período marcado por intempéries, houve ainda assim espaço para momentos sublimes, lances de pura inspiração.
Vamos por aí. O golaço de Bebé no Estádio AXA tem sido divulgado um pouco por toda a Europa. Um pontapé inesperado, fenomenal, resgatando um ponto para o aflito Paços de Ferreira.
A formação pacense continua no último lugar da Liga mas, com o empate
(1-1), reduziu a distância para os concorrentes diretos. O Sp. Braga, por seu turno, perdeu terreno na luta pela Europa.
Entre os últimos sete classificados, o P. Ferreira foi o único a pontuar. O Olhanense não manteve a tendência após o triunfo frente ao V. Setúbal e caiu na receção ao Vitória de Guimarães. Tomané garantiu os três pontos para a formação minhota
(0-1).
O Belenenses continua a marcar passo. Em outro momento de inspiração, num relvado com péssimas condições, o jovem Luís Gustavo desenhou o arco do triunfo na conversão de um livre direto. Um golo providencial, em cima da hora
(1-0), mantendo o Rio Ave a par da Académica a meio da tabela.
A equipa de Sérgio Conceição aplicou uma receita semelhante na receção a um Gil Vicente em quebra. Golo solitário de Djavan ao cair do pano
(1-0).
O Arouca manteve o 13º lugar na tabela classificativa mas não conseguiu segurar a vantagem garantida frente ao Sporting. Marcos Rojo iniciou a reviravolta e Islam Slimani saiu do banco para selar o triunfo suado
(1-2).
No Estádio da Luz, em outro terreno pesado, Rodrigo abateu a resistência do Marítimo. Dois golos para o avançado hispano-brasileiro na primeira parte, mantendo o Benfica na liderança da competição. Foi o primeiro jogo na era pós-Matic, com Fejsa no lugar do compatriota. Oblak manteve a baliza inviolada, uma vez mais
(2-0).
O FC Porto entrou mais tarde em campo e seguiu o exemplo dos seus adversários. Com Ricardo Quaresma no onze, a formação portista não demorou a chegar à vantagem pelo incontornável Jackson Martínez.
Perante a modesta oposição do V. Setúbal, seria Silvestre Varela, com um vistoso lance individual, a aumentar a margem de manobra para a equipa de Paulo Fonseca. A caminho do final do encontro, Carlos Eduardo assinou outro golo de belo efeito, neste caso com um pontapé de primeira, à entrada da área. Belo momento
(3-0).
A 16ª jornada terminou na Madeira, com um Nacional-Estoril importante para as contas europeias. Tudo parecia correr de feição para a equipa de Marco Silva, com golos de Sebá e Evandro nos primeiros vinte minutos, mas os locais recuperaram a esperança ainda antes do intervalo.
Ao minuto 38, Djaniny caiu em lance com Ruben Fernandes e o árbitro do encontro assinalou grande penalidade, expulsando o jogador do Estoril. Decisão polémica. Claudemir converteu o castigo máximo e o Nacional partiu em busca do resultado positivo. Reginaldo assinou o empate no arranque da etapa complementar
(2-2).
Arte à prova de água
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