O sonho do Estoril em continuar na Liga Europa ruiu nesta quinta-feira em Sevilha. Ruben Fernandes anulou aos noventa minutos a vantagem no jogo que Gameiro tinha construído para o Sevilha, logo aos sete minutos, mas as contas do Grupo H ficaram definidas para a equipa portuguesa, eliminada antes da última jornada que falta realizar.


A ficha e o filme do jogo


Com a qualificação do Sevilha quase garantida à engrada para esta penúlitma ronda, Unai Emery aproveitou para fazer algumas alterações na sua equipa. Apenas Fazio, Alberto Moreno, Mbia, Ivan Rakitic e José Antonio Reyes, mantiveram-se no 4x2x3x1, da equipa que goleou (4-0) o Bétis, no passado domingo.


Dos portugueses, Beto e Daniel Carriço nem sequer foram para o banco, local onde Diogo Figueiras viu o jogo. No Estoril, Marco Silva não mexeu no onze que venceu (2-0) em Vila do Conde.


A diferença de estatuto – e também da qualidade dos plantéis - entre as duas equipas é grande, mas a bola é redonda, e até ao último apito do árbitro, tudo pode acontecer. E aconteceu que o Estoril deixou a Europa com o golo de honra que evitou a derrota.


Para nivelar as possibilidades, era necessário muita concentração e entrega. Por aqui, nada a dizer, o Estoril entrou com vontade de discutir o resultado desde o início - o primeiro remate a uma das balizas até foi de Luís Leal -, e manteve sempre uma atitude positiva, jogando o jogo pelo jogo, na tentativa de prolongar ao máximo o sonho da qualificação, como Marco Silva pedira, na antevisão.


A diferença começou a ser feita pela concentração, ou a falta dela. Assim aconteceu no golo madrugador do Sevilha, com José António Reyes a acelear numa auto-estrada que se começou a abrir à entrada do meio-campo do Estoril, permitindo ao ex-jogador do Benfica lançar Kevin Gameiro (com muita liberdade entre Ruben Fernandes e Babanco), que, chegado à cara de Vagner, não desperdiçou a benesse. Nestas andanças, a experiência tem um peso enorme, e os erros pagam-se caro!

 

E, também por falta de atenção dos jogadores do Estoril, o Sevilha esteve novamente perto de marcar. Como à passagem da meia-hora, quando na sequência de um canto, Coke apareceu solto na área e nem precisou de saltar para cabecear para a baliza. Sorte para o Estoril, porque o jogador espanhol falhou na pontaria. Na última jogada da etapa inicial, Kevin Gameiro também foi desastrado na finalização, depois de aproveitar dentro da área, um novo erro defensivo dos estorilistas.


Unai Emery já tinha anunciado que um dos pontos fortes do Estoril eram as saídas em contra-ataque e tentou limitá-las com pressão ainda no meio-campo da equipa portuguesa, limitando os espaços para as transições. Na maior parte das vezes isso foi conseguido e Evandro teve pouca bola para organizar as saídas rápidas. Assim, o Estoril teve que abordar o ataque de uma forma mais organizada, o que dava tempo de abordagem defensiva aos espanhóis. É certo que o Estoril também andou nas imediações da baliza de Javi Varas, só que nunca conseguiu incomodar verdadeiramente o guarda-redes espanhol.


Marco Silva deu mais pendor atacante à sua equipa - com a troca de Filipe Gonçalves por João Pedro Galvão – e o Estoril passou a jogar mais no meio-campo adversário. A entrada de Balboa foi o detonador que a equipa precisava, para o assalto final à baliza de Javi Varas.


O Estoril aproximou-se da baliza, equilibrou no número de remates, e começou a aumentar a confiança, perante um Sevilha  mais interessado em controlar o tempo e o resultado.


E, sem deixar de acreditar até ao fim noutro resultado, o empate apareceu pelos pés do defesa algarvio premeando a atitude da equipa e deixando a imagem de que podia ter conseguia mais na Liga Europa.


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