Jorge Jesus considerou natural a reacção de Bojinov em Alvalade, de querer marcar a grande penalidade, e que, inclusive, podia ter acontecido no Benfica. O treinador acredita que, numa situação idêntica, teria de acreditar no jogador, excepto num caso.

«É natural no futebol, poderia acontecer no Benfica, apesar de os jogadores saberem quem tem a prioridade de marcar. Mas, às vezes, acontece que aquele que tem a prioridade não se sente confiante e o outro que não tem a prioridade agarra na bola e quer marcar a grande penalidade. O treinador aí tem de ir pela crença do jogador. Agora não sei se foi o caso. Comigo, se fosse essa a situação, acontecia, seria normal. Mas se sentisse que o jogador que eu estipulo para marcar o penalty queria marcar, então nem o Bojinov nem nenhum outro tinha hipóteses», comentou, neste sábado, à margem da antevisão do jogo com o Gil Vicente.

Para Jorge Jesus, o clima de crispação no Sporting é «fruto dos resultados», pelo que compreende o momento que Domingos Paciência atravessa. «Todos estamos sujeitos a isso. Por isso digo que um treinador tem de viver o dia-a-dia. O Benfica hoje está bem, amanhã pode não estar, e no Benfica, no Sporting e no FC Porto quando se perde um ou dois jogos é um drama», defendeu.

No que respeita aos «casos» no seu plantel, Jorge Jesus desvalorizou o que aconteceu com Bruno César e Jardel, que sofreram um acidente de viação. «São situações normais do ponto de vista do cidadão. No último ano já tive três e se virem o meu carro está todo marcado de lado, um até aconteceu na véspera de Natal. Para mim, o importante é que a hora a que aconteceu era compatível com um profissional de futebol e o sítio em que ocorreu era compatível com a responsabilidade de um profissional de futebol», argumentou.

Quanto aos processos disciplinares a Ruben Amorim e Enzo Perez, Jorge Jesus prefere aguardar pela resolução dos mesmos. «Não falo em ses, falo de coisas concretas. Quando estiverem resolvidos, logo veremos», comentou apenas o treinador, que gostou da afirmação de Maxi Pereira sobre o regresso dos dois companheiros: «Só lhe fica bem, é subcapitão. Quando há união entre os jogadores só fica bem terem essas posições.»