Jorge Jesus não tem qualquer dúvida que a liderança só pode fazer bem à sua equipa. À pressão de vencer já estavam habituados, pelo que o primeiro lugar traz apenas confiança acrescida, na opinião do treinador. O único senão pode estar nos golos.

«Atingimos um bom pico de forma e o perigo é, não para a equipa, satisfazermos o nosso ego e o dos adeptos. Às vezes irão ao exagero de que ganhar por 1-0 já não chega, que temos de golear», afirmou o técnico encarnado, neste sábado, na antevisão do encontro de domingo com o Gil Vicente.

«[A liderança] altera [a equipa] pela positiva. Estão mais confiantes e quando estão mais confiantes as coisas saem melhores. Portanto, do ponto de vista emocional, altera, do ponto de vista da responsabilidade não. A pressão de vencer é diária no Benfica, estamos habituados a isso», assegurou.

Vencer, por isso, o Gil Vicente é o objectivo que se segue. «Temos de mostrar que somos melhores que o Gil Vicente para somarmos os três pontos e continuar na frente da classificação. E não há melhor maneira que fazê-lo dentro de campo. O Gil Vicente é uma das equipas que nos tirou pontos, bem organizada, que tem momentos de jogo em que os seus jogadores sabem o que estão a fazer, temos respeito pelo adversário mas isso não nos vai inibir de produzir um futebol intenso, de muita pressão e de qualidade», garantiu.

Garay apto; Aimar, Cardozo e Rodrigo em dúvida

Garay está de volta à equipa, mas Aimar, Cardozo e Rodrigo ainda estão em dúvida para esta ronda. O último treino, na manhã do dia do jogo, ainda vai servir de teste. «Qualquer um destes três ainda me vai dar uma última ideia final sobre se os posso lançar no jogo ou não. São jogadores que tenho esperança de pelo menos convocar», adiantou Jorge Jesus, confirmando, ainda, que «Garay está a 100 por cento». A convocatória será, por isso, revelada apenas domingo.

Relativamente a Gaitán, que está apenas a atravessar um momento de menor confiança, Jorge Jesus vai manter a aposta no argentino. «Isto não é uma ciência exacta e eu gosto que quando um jogador tem um jogo menos conseguido e é alguém em quem acredito e que tem talento de continuar a apostar nele. Já fiz isso com o Roberto, com o César Peixoto, com o Cardozo e vou fazer com o Nico.»