Jorge Jesus e Manuel Machado, treinadores de Benfica e Nacional, respetivamente, em declarações à Benfica TV, analisam o jogo entre as duas equipas, que terminou com vitória encarnada (2-0):

Jorge Jesus:

«Fiquei particularmente satisfeito com a vitória. O nosso adversário estava atrás do Benfica, na quarta posição, também vinha de bons resultados. A nossa equipa jogou com muita inteligência, jogou quanto baste para definir o jogo nos momentos certos. Com o Olympiakos corremos muitos, e alguns jogadores apresentaram fadiga nos últimos dez minutos. Após o segundo golo deixámos de ser uma equipa pressionante. Podíamos ter vencido por mais. O Nacional praticamente não criou nenhuma dificuldade defensiva. Foi um jogo inteligente, com uma exibição dentro daquilo que era importante, que era vencer.»

[sobre a exibição de Ivan Cavaleiro] «O primeiro jogo não é fácil. Estava nervoso, a querer decidir sempre de primeira. Os adeptos ajudaram, a ele e à equipa. Estiveram fantásticos. Perceberam aquela posse de bola final, sem o objetivo do golo, para segurar o resultado. Os adeptos perceberam isso. É uma forma inteligente de jogar. Mesmo a jogar para trás eles perceberam. Foi muito bom para os jogadores sentirem confiança. Estamos habituados a que os adeptos nos empurrem para as vitórias.»

Manuel Machado:

«As duas equipas jogaram abertas, no campo todo. O Benfica foi mais esperto e aproveitou três ou quatro erros para criar dois momentos de golo. Foi eficaz. O segundo golo é determinante para o desfecho final. Estávamos a ter uma reação interessante, mas um erro próprio de um jogador de 20 anos acaba por condicionar. Valorizámos o futebol, porque jogámos de forma aberta, acabámos com dois pontas de lança. Promovemos a modalidade, procurando o resultado, como é óbvio. A diferença faz-se pela oportunidade do Benfica no primeiro tempo e três ou quatro no segundo tempo, quando estava mais confortável e nós mais expostos. O resultado acaba por ser justo, fruto da nossa inexperiência. Temos vários jogadores em formação, aos quais recorremos de forma algo prematura, em função da situação económica. Não é muito cómodo para estes jovens, mas é assim que eles se constroem também. Algo ficou nesse aspeto, para esses jovens que podem vir a ser mais-valias.»