Vários internacionais da seleção do Irão, orientada por Carlos Queiroz, têm sido convocados pelo Comité de Ética da federação persa para serem advertidos contra a exposição de tatuagens e divulgação de fotografias de cariz romântico nas redes sociais na companhia das suas mulheres.
Já são conhecidas as estritas normais morais do regime iraniano, mas a verdade é que muitos dos jogadores da seleção jogam em ligas europeias e acabam por ser expostos às modas dos países ocidentais, como as tatuagens, piercings e redes sociais.
O caso de Ashkan Dejagah, que já jogou na Bundesliga e na Premier League e que agora joga no Tractor Sazi, no Irão, veio agora a público, mas a verdade é que têm sido vários os jogadores convocados pelo Comité de Ética da federação do Irão para serem ouvidos e advertidos. Basicamente, os jogadores são avisados para não exibirem as tatuagens, é-lhes claramente pedido para as taparem.
Dejagah, que chegou a ser internacional pela Alemanha na juventude, é um dos jogadores do Irão com mais tatuagens no corpo, desde que fez a primeira em 2012. Nos últimos anos, desde que começou a ser convocado para a seleção [esteve no Mundial, embora não tenha sido utilizado], procurou ser mais discreto, mas a verdade é que, nas últimas semanas, tem andando mais desleixado e as tatuagens foram avo de muitas críticas no seu país.
Apesar de não existirem leis que impeçam a utilização de tatuagens no Irão, com exceção para os funcionários públicos, a verdade é que é um costumo considerado «imoral» e há casos de pessoas detidas nas ruas por exibirem tatuagens.
Além das tatuagens, o comité de ética da federação do Irão também tem manifestado preocupação, junto dos jogadores, com a exposição de fotografias de teor romântico com as suas esposas nas redes sociais.