O motim de Port Said, a desordem mais mortífera do país relacionada com o desporto, envolveu os adeptos da equipa da casa, o Al-Masry, e os do Al-Ahly do Cairo após um jogo para o campeonato entre os dois clubes. Na altura, adeptos do Al-Masry invadiram o campo depois da vitória por 3-1 sobre a equipa orientada por Manuel José, lançaram pedras, garrafas e very-lights sobre os adeptos do Al-Ahly causando o caos e o pânico.
As sentenças tinham sido já pronunciadas por um tribunal em abril, mas, como envolviam penas de morte, teve que ser ouvido o mufti do Egito, o intérprete governamental da lei islâmica, que tem um papel consultivo nestas situações. Após este procedimento, o tribunal confirmou assim as sentenças então aplicadas.
O tribunal também condenou o diretor da Segurança da província de Port Said, o general Issam Edin Samak, e o chefe da Polícia do Meio Ambiente de Port Said, Mohammed Saad, e dois responsáveis do clube Al-Masry a cinco anos de prisão.
Dos 72 réus, o tribunal absolveu 21, incluindo sete agentes de segurança e um responsável do Al-Masry, enquanto os restantes foram condenados a penas entre um ano e 15 anos de prisão.
Os condenados podem ainda recorrer da sentença para o tribunal de recurso do Egito, que é a última instância.
Os confrontos no estádio de Port Said também provocaram vários dias de violentos protestos no Cairo, onde morreram 16 pessoas.
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