A Federação Egípcia de Futebol autorizou o regresso às competições no país sete meses após a suspensão das atividades devido ao massacre de Port Said, onde mais de 70 pessoas morreram devido aos confrontos entre claques do Al Ahly e do Al Masry, mas a primeira prova já decorreu debaixo de confrontos.

Este domingo, o jogo da Supertaça entre Al Ahly e Al Enby, que decorreu em Alexandria, começou atrasado devido a manifestações, que segundo a polícia, colocaria em risco a vida dos atletas. O jogo decorreu à porta fechada, mas manifestações na cidade impediram os jogadores do Al Ahly de chegar ao estádio mais cedo, mesmo tendo sido escoltados por veículos blindados da polícia.

Os adeptos do Al Ahly, o maior clube egípcio, estão contra o regresso das competições porque ainda há um julgamento a decorrer em que vários apoiantes do clube são acusados de terem sido considerados culpados pelo massacre de Port Said. Já na quarta-feira, quando a federação anunciou que recomeçariam as provas, a sede do organismo foi atacado, foram atirados objetos e o edifício foi invadido.

O recomeço do Campeonato Egípcio estava marcado para o próximo dia 17, mas já foi adiado para 17 de Outubro.

Hossam Al Badry, treinador que sucedeu a Manuel José no comando do Al Ahly [o português era o treinador da equipa na altura do massacre] dedicou a vitória da supertaça conquistada neste domingo às vítimas do massacre.