Frederico Gil, actual número 68, tem pela frente a difícil tarefa de superar o 16º do mundo, James Blake, na primeira ronda do Estoril Open, depois de tornar-se no primeiro tenista português a garantir a participação no torneio português através do ranking. O norte-americano não o conhece, Gil também nunca o viu jogar e a sua preocupação passa, exclusivamente, por recuperar fisicamente da final perdida em Tunes para Gaston Gáudio.
«Antes de pensar no sorteio, o que importa é estar bem para o encontro. Vou treinar esta segunda-feira, às 18 horas, e é fundamental estar bem preparado para competir na quarta-feira. James Blake é o 16º do mundo, há uma enorme discrepância em termos de ranking, ele é favorito, mas eu jogo em casa, tenho alcançado bons resultados e tenho vindo a evoluir bastante», defendeu o atleta português, esta segunda-feira, em conferência de imprensa realizada no Jamor.
James Blake disse não conhecer Frederico Gil, apesar de já ter ouvido falar nos seus resultados. O melhor tenista luso de sempre não se considera em vantagem por isso. «Não me conhecer pode ser uma vantagem ou não. Já estou a preparar o jogo em termos físicos e mentais. Não estou preocupado se ele me conhece ou não, quero fazer o meu jogo», assumiu, que agora vai treinar com o compatriota Pedro Sousa, aquele que «consegue bater mais recto na bola», o mais parecido com um Blake português.
Até lá fica a experiência adquirida através de uma consola de jogos e observações pontuais. «Ficaria muito contente se ganhasse. Nunca joguei contra ele, só o vi na televisão e tive oportunidade de vê-lo treinar um par de vezes em Miami. Costumo jogar o Virtua Tennis 3, onde já joguei com ele e ganhei», contou.
Por ocasião da edição anterior, Frederico Gil disse ter o objectivo de fazer parte do top 100. Conseguiu-o e, um ano depois, está mais próximo do top 50. Os olhos do português brilharam só de imaginar o feito, mas o senso não lhe permitiu mais do que isso.
«É longe de mais, são 18 posições, bastantes pontos e todas as semanas há pontos a defender e a conquistar», considerou.