O Maisfutebol apresentou na quinta-feira as principais propostas da candidatura de Luís Figo à presidência da FIFA. No manifesto eleitoral consta, por exemplo, a vontade de alargar o número de seleções na fase final do Campeonato do Mundo para 40 ou 48.

Na MF Total aprofundamos o olhar sobre o documento apresentado oficialmente em Inglaterra, de forma a perceber na íntegra o que pretende transportar o antigo internacional português para o órgão regente do futebol mundial.

Antes, é importante lembrar que Figo também se mostra favorável à implementação da tecnologia na linha de baliza, pretende acabar com a lei da tripla punição (penálti, vermelho e suspensão) e recuperar a antiga definição da lei de fora do jogo.

Outro aspeto interessante é a intenção de criar exclusões temporárias durante um jogo. Algo entre o cartão amarelo e o cartão vermelho. O jogador sai, aguarda os minutos definidos e volta a entrar em campo. A distribuição de verbas é outra das maiores preocupações do antigo jogador de Sporting, Real Madrid, Barcelona e Inter de Milão.

Figo concorre à presidência da FIFA contra o atual presidente, Joseph Blatter, o príncipe jordano Ali bin Al Hussein, um dos vice-presidentes do organismo, e o presidente da Federação Holandesa, Michael van Praag.

As eleições estão marcadas para 29 de maio, em Zurique, integradas no Congresso da FIFA. Luís Figo tem a garantia de apoio, por ora, de seis federações. José Mourinho e David Beckham também já garantiram estar ao lado do candidato português.
 

MANIFESTO DA CANDIDATURA DE LUÍS FIGO:


Desenvolvimento

1. Aumentar o número de futebolistas de todas as idades e géneros
2. Aumentar
3. Expandir o número de infraestruturas e de distribuição de material de futebol
4. Melhorar o nível de arbitragem mundial

Solidariedade

1. 50 por cento das receitas da FIFA deve ser distribuído diretamente pelas federações nos próximos quatro anos

Campeonato do Mundo

1. O candidato português pretende que os três seguintes formados sejam discutidos no Congresso da FIFA:
. manter o atual quadro de 32 participantes
. alargamento para 40 seleções, com oito grupos de cinco seleções
. expansão para 48 seleções, com dois torneios a decorrer ao mesmo tempo em países diferentes. Cada torneio teria 24 equipas.

Estruturas FIFA

1. Consulta com maior frequência a opinião das federações
2. Promover a separação de poderes entre todos os órgão e comités da FIFA

Liderança

1. Restaurar a credibilidade e a imagem da FIFA
2. Liderar como exemplo, com ética e moral
3. Criar o Conselho de Futebol FIFA, um órgão consultivo e formado por figuras respeitadas do jogo
4. Aproveitar as redes sociais e outros mecanismos para dar voz aos adeptos
5. Levar diversidade para a administração: pelo menos metade dos elementos têm de vir de fora da Europa
6. Limitar o ciclo de cada presidente a 12 anos

Cooperação

1. Unir a FIFA às federações e associações nacionais, bem como a todos os clubes.
2. Terminar com o conflito entre a UEFA e a FIFA
3. Fortalecer o elo de ligação entre o futebol profissional e amador

Leis do Jogo

1. Implementação da tecnologia na linha de baliza
2. Iniciar discussão (e testar) sobre a aposta em tecnologia que permita que o jogo seja mais fluído
3. Terminar com a «tripla punição»
4. Testar as sin bins: áreas onde os jogadores cumprem um castigo durante um determinado período de tempo, para depois voltarem ao jogo
5. Recuperar a anterior definição de fora de jogo

Proteção do Jogo

1. Liderar a luta contra a corrupção (apostas, resultados combinados…)
2. Liderar a luta contra o doping
3. Erradicar a violência e o hooliganismo dos estádios e relvados
4. Eliminar o racismo e outros tipos de discriminação
5. Aumentar a transparência em redor do mercado de transferências