É um dos jogos mais apetecíveis da 19ª jornada. O Sp. Braga ainda não perdeu no terreno dos grandes e no domingo tem mais um duro teste à sua persistência. Defronta o F.C. Porto, no Estádio do Dragão, tendo pela frente um adversário pouco eficaz em casa. Um factor que pode ser explorado e servir de trunfo para a equipa orientada por Jesualdo Ferreira, uma das sensações da Superliga e que teima em rondar os lugares cimeiros da tabela classificativa.
Uma forma de perturbar os azuis e brancos «é jogar com o relógio», como explica Jorge Silvério, doutorado em psicologia do desporto. Isso irá aumentar a ansiedade, caso o golo não apareça nos primeiros instantes e pode acicatar os ânimos dos adeptos, perturbando o rendimento dos jogadores: «O F.C. Porto é uma equipa ansiosa por natureza e jogar com o relógio pode ser precioso. Mas o Sp. Braga tem uma forma de jogar muito peculiar e não aposta no anti-jogo». Por aí, os dragões podem estar descansados.
No entanto, tendo em conta que Narcis Juliá «reconheceu fraquezas psicológicas» - entenda-se ansiedade -, o treinador do Sp. Braga «pode explorar esse problema», fazendo certas opções tácticas: «Por exemplo, se apostar na marcação individual aos jogadores do F.C. Porto isso pode provocar reacções a quente». Uma situação muito verificada: «Se os avançados não conseguirem exibir o seu futebol podem ter uma reacção a quente como já aconteceu com o McCarthy. Ou então como aconteceu com o Luís Fabiano [viu um amarelo, na última jornada, por dar uma cotovelada a um jogador do União de Leiria]. Casos a explorar por Jesualdo Ferreira...