A comitiva portuguesa que acompanhou a atleta Dulce Félix na maratona de Boston, nos Estados Unidos, estava próxima do local onde aconteceram as duas explosões, que causaram pelo menos dois mortos e dezenas de feridos, mas nenhum dos elementos foi afetado, disse à Lusa o empresário da desportista.

Hugo Sousa explicou à agência Lusa que a comitiva e a atleta portuguesa estavam a almoçar no hotel da organização, a cerca de 200 metros da meta da maratona, quando ouviram as explosões: «Percebemos que algo de grave tinha acontecido».

«A organização pediu-nos para estarmos com calma, esperar notícias e tentar perceber que se passou realmente. Não há explicações se foi acidente, explosão de conduta de gás, atentado, tudo o que se fala são especulações», descreveu.

De acordo com Hugo Sousa, havia 16 portugueses a correr a maratona, alguns amadores, mas desconhece-se a situação desses atletas.

As explosões terão ocorrido na zona das bancadas e «alguns dos feridos certamente eram pessoas que estavam ainda a cortar a meta», referiu.

«Achei que não era nada de grave, mas a organização mandou-nos sair do restaurante e ir para o piso três [do hotel] onde os atletas de elite estavam todos juntos. Queriam ver os atletas protegidos e era a maneira de estarem mais seguros», disse Dulce Félix em declarações à agência Lusa por telefone.

De acordo com a atleta, os 15 primeiros classificados da prova deveriam receber um prémio cerca das 16:30 locais, mas o evento foi cancelado.

Contactado pela Lusa, o cônsul de Portugal em Boston, Paulo Cunha Alves, disse que não tinha ainda qualquer informação sobre os feridos e se entre eles estão portugueses. «Não temos notícias concretas ainda. Ainda é cedo», afirmou.