A Comissão de Revisão de Estatutos do Benfica submeteu, esta sexta-feira, uma proposta ao presidente da mesa da Assembleia Geral (AG), para que seja incluída na reunião extraordinária deste sábado.

Dessa proposta constam vários pontos divergentes da Direção presidida por Rui Costa (mais precisamente 18), entre eles o «poder central de vender ou onerar património, seja ele mobiliário, imobiliário ou até ativos financeiros em sociedades, designadamente a Benfica SAD».

«A direção entendeu divulgar aquilo que seria a sua proposta de revisão dos estatutos, que, no fundo, tem 85 a 90 por cento da base, que era a proposta da comissão, mas introduziu-lhe algumas alterações, que na nossa perspetiva desvirtuam aquilo que foi o espírito da comissão de revisão dos estatutos», refere João Pinheiro, um dos signatários da Comissão.

Além disso, a proposta defende que funcionários do clube não possam concorrer aos órgãos sociais do mesmo, para uma separação de funções, assim como a eleição por parte dos sócios, de uma Comissão de remunerações para os membros da direção em regime de exclusividade, de forma a evitar promiscuidade.

«Este salto histórico de haver remunerações dos titulares de órgãos sociais tinha uma contrapartida, que também estava na proposta, que era uma maior responsabilidade, inclusive disciplinar e criminal, para os titulares dos órgãos sociais. Quanto aos órgãos sociais, ou os funcionários são candidatos a titulares dos mesmo e exercem funções eletivas, ou são trabalhadores e têm outro tipo de responsabilidades», acrescenta João Pinheiro.

Este sábado decorre a AG extraordinária, para aprovação de uma metodologia para discussão e votação das propostas, entre elas, a da Comissão.