Georgi Yartsev estava devastado com a goleada e, acima de tudo, com a exibição dos seus homens. E, assumindo que está de saída depois deste desaire, não poupou as palavras: «Este jogo foi uma vergonha. Não tivemos coragem e não tivemos iniciativa. É verdade que nos faltavam alguns jogadores, mas o desastre que sucedeu nem sequer dá hipóteses de perceber o que se passou. Tínhamos jogadores de grande experiência, que podiam controlar o jogo», começou por lamentar.
Rejeitando a ideia de algum excesso de confiança por força da goleada frente ao Luxemburgo, Yartsev acrescentou: «Pensava, sim, que a vitória de sábado os motivaria para fazer outro bom jogo». A partir daí, o técnico assumiu a ruptura com a equipa: «Depois disto, os treinadores devem abandonar o seu posto. Não fujo das responsabilidades pelos resultados, mas partilho-a também com os jogadores. Quando eles vestem a camisola da selecção têm de ser responsáveis. E quando nenhum jogador cumpre o que lhe é pedido, dá ideia de que alguns querem continuar sem o treinador», afirmou.
A concluir, Yartsev deixou claro que pretende chegar a Moscovo já sem qualquer vínculo com a federação: «Não há mais nada para dizer, faltam-me palavras. No regresso vou discutir com o presidente da federação o meu futuro, porque me parece que a motivação de alguns jogadores é muito baixa. Peço desculpa por este desastre e pela vergonha que viram», concluiu.