O treinador do F.C. Porto insiste que não está a fugir ao tema. Diz mesmo que falará «com todo o gosto» sobre o que se passou em Vizela «antes do próximo jogo para a Taça de Portugal». Verdade é que Vítor Pereira continua sem explicar o que tanto o incomodou na vitória magra sobre o Santa Eulália.
Posto isto, mudou-se de tema e falou-se novamente sobre os problemas sentidos pelos clubes durante a paragem dos jogos para as seleções. Vítor Pereira explicara, após o triunfo sobre o Dínako Kiev, que a equipa sentira dificuldades na segunda parte precisamente por isto: duas semanas e meia longe do clube.
«Trabalhamos com seis, sete jogadores. Recorremos à equipa B. Não temos o ritmo de competição, apesar do elevado nível de treinos. É impossível reproduzir o ritmo de jogo. Há um certo relaxamento, porque os fatores motivacionais caem», lamentou Vítor Pereira, uma vez mais.
«Os jogadores que vão às seleções competem, mas num contexto diferente. E depois há aqueles que vão à seleção e não jogam, o que é ainda pior. Cair de repente na Liga dos Campeões depois disto, não permite manter um nível alto», concluiu o treinador do F.C. Porto.
Conclusão? Vítor Pereira defende seriamente que os calendários sejam «repensados».
Para o técnico do F.C. Porto é simples. Jogar bem é apresentar um ritmo forte, uma dinâmica constante e uma intensidade que permita fazer sempre pressão alta. Sem isto, acontece o que se viu na segunda parte contra o Dínamo Kiev e noutras ocasiões: queda de qualidade.
«O baixar de ritmo contribui para que o adversário chegue sempre a tempo, feche espaços e intercete lances que não pode intercetar. Isso aconteceu contra o Rio Ave e o Gil Vicente também, por exemplo».

Leia também:
«Estoril ilustra a qualidade de um treinador português»
Treinador está preocupado com o relvado do Dragão
«Vocês estão surpreendidos com o Jackson?»