A derrota com o Apoel acentuou as críticas e a pressão sobre o comando técnico de Vítor Pereira no F.C. Porto. Uma situação que o treinador desvaloriza, aproveitando para elogiar a motivação do seu grupo de trabalho:

«Sinto claramente que os jogadores estão unidos. O grupo está a querer dar uma boa resposta às dificuldades naturais de uma época diferente. A estrutura dá-me total confiança. Não me sinto minimamente fragilizado», garantiu.

Num tom anormalmente elevado, Vitor Pereira fez questão de passar uma imagem de força e autoridade. «Ser treinador é ter coragem e isso não me falta. Falta-me carisma e autoridade? Estou aqui pela minha competência e trabalho. Tomo as decisões para dar o melhor à equipa. Não aceito que se teatralize tudo o que rodeia a minha função.»

Guarín insatisfeito? Vitor Pereira assegura que não

«A última época é irrepetível»

O treinador vai mais longe e afirma categoricamente que há «injustiça nas apreciações às exibições do F.C. Porto». «Há um critério diferenciado entre o que nós fazemos e o que os outros fazem», diz Vitor Pereira, acusador.

«Goleámos o Nacional por 5-0 e a imprensa fala do que mal fizemos. Outros oponentes ganham com dificuldades, mas fala-se sobre o que de bom fizeram. Isso só nos revolta e dá-nos força para lutar. Às vezes irrita-me», vociferou.

«Se estamos assim tão mal e os outros tão bem, devíamos a estar a dez pontos deles. Estamos a lutar contra muita coisa, muita gente, que nos quer mal pelo que fizemos. Peço à massa associativa que não vá nessa onda. O clube tem ganho muita coisa e estes jogadores merecem o carinho e o apoio dos adeptos.»