André Villas-Boas, em declarações na sala de imprensa, no final do empate (1-1) frente ao Besiktas, que, ainda assim, chegou para garantir o apuramento para a fase seguinte da Liga Europa:

«Quando houve igualdade numérica tivemos sempre o controlo do jogo. O Besiktas ameaçava de longa distancia e de bola parada. Acabamos por não conseguir chegar à vitoria, apesar de termos tido grandes, grandes ocasiões para marcar. Não vencemos por capricho e por decisão do árbitro.»

O F.C. Porto não venceu por culpa do árbitro: «A única coisa que não se pode permitir é que com a quantidade anormal de árbitros presentes, a grande maioria das decisões tomadas não sejam correctas. E isso não se tem constatado. Parece-me que o árbitro de área tem pouca autoridade perante a decisão do árbitro principal. Não só neste jogo, mas recorrentemente. Queremos acreditar que as decisões tomadas são sempre correctas, porque o objectivo é esse, mas são questões que nos deixam em dúvida.»

Sobre a expulsão de Rodríguez: «As expulsões acontecem a toda a gente. O lado caótico do jogo acontece a qualquer jogador, tal como a perda do controlo emocional. Não será por isso que vamos penalizar. Concordo que poderá ser aí a viragem do jogo, mas o Besiktas teria sempre de se lançar para o ataque em busca do golo do empate. Sofremos o empate naquele período em que andamos à procura do ajustamento táctico, algo que, na Turquia, conseguimos fazer no balneário. Naquele período, encontrar-se em campo com menos um terá sido decisivo para o empate.»

Sobre as substituições: «Deveram-se ao desgaste. Houve grande desgaste do Hulk, Falcao e Belluschi. Vimos de um jogo muito exigente do ponto de vista físico, em Coimbra. O Falcao saiu quando estava a lutar sozinho com os centrais. O Belluschi e o Hulk tiveram toques durante o jogo. E, claro, mexemos porque as opções que tínhamos davam continuidade.»

Sobre o apuramento: «Não sei quais serão as vossas decisões editoriais. Na minha óptica, é importante valorizar o jogo superior que fizemos em relação ao adversário. Escapou-nos a vitória hoje por detalhe, porque a procurámos sempre. Tivemos dois jogos de grande dificuldade, com a Académica um resultado positivo, e neste, tendo em conta o que fizemos e a superioridade que mostrámos, apesar do resultado que deixa um amargo na boca, julgo que é de valorizar o que fizemos às portas de um clássico que é daqui a 72 horas.»