Poucas ou nenhumas palavras sobre o clássico no Estádio da Luz. André Villas-Boas não quer saltar etapas na discussão do título nacional. O F.C. Porto recebe a Académica neste domingo e o técnico azul e branco centra atenções no reencontro com a formação de Coimbra.

Sapunaru, Otamendi e Souza foram excluídos da convocatória. Maicon, Alvaro Pereira e Mariao estão de volta. Villas-Boas gere o esforço e o registo disciplinar. O F.C. Porto tem vários jogadores no limite dos cartões amarelos e o Benfica já surge no horizonte.

Sapunaru e Otamendi não defrontam a Académica

«Acima de tudo, temos de ter a noção que há uma série de factores a ter em conta. Temos um número de jogadores em perigo de exclusão, um ciclo intenso de jogos e também o facto de ser um jogo decisivo para as nossas contas. Encontra-se dentro do nosso objectivo de cinco vitórias. Não temos o jogo da Luz na mente, isso só faz sentido de conquistarmos esta vitória frente à Académica», começou por dizer o técnico.

Villas-Boas e a Europa: «Queremos ir à Champions como campeões»

O treinador portista rebateu uma, duas, três questões sobre a visita ao Benfica. Primeiro, por respeito à Académica. Depois, por recordar o alarido público criado na época transacta, quando os encarnados chegaram ao Dragão com o título a um passo. O F.C. Porto adiou a questão.

Villas-Boas e os outros: de Ruben a Walter ou Rodriguez

«Não podemos imaginar que isto está feito, temos de vencer a Académica e só depois pensar no próximo jogo», reforçou Villas-Boas, acrescentando mais tarde: «A distância é considerável mas faltam muitas jornadas. Um resultado negativo com a Académica e na Luz podia alimentar o sonho do Benfica. O Benfica é uma equipa bem liderada, como tenho dito, e continuo a dizer que o desafio ainda é complicado.»

«Não posso deixá-los vencer»

Pensa-se, então, na Académica de Coimbra. Um reencontro do treinador com o clube que lhe abriu as portas: «Considero a Académica um clube especial. Não só o clube que me abriu as portas, mas toda uma série de gente que eu deixei para trás. Atingimos o principal objectivo que era a manutenção e alimentámos o sonho da final da Taça da Liga. Não posso é deixá-los vencer.»

Os estudantes, então liderados por Villas-Boas, procuraram surpreender nos duelos com o F.C. Porto. A final da Taça da Liga era um grande objectivo para o técnico, quando visitou o Dragão com a Briosa. «A exibição não foi grande coisa. Seria melhor se tivéssemos ganho. Queríamos muito a final da Taça da Liga. No outro jogo, estivemos muito fortes. Comparando, pode ser isso que pode vir a acontecer amanhã», lembrou.

Ulisses Morais considera que o F.C. Porto está perto da perfeição. No clube portista, não há indícios de relaxamento perante um adversário com crescente motivação. «Temos a plena consciência do que o Ulisses Morais está a fazer. Jorge Costa e José Guilherme deixou base para trabalhar, Ulisses motivou os jogadores e fê-los acreditar. Ganharam em Guimarães, venceram o Leiria em casa e empataram em casa do Nacional. Sabemos que nós, só estando a um alto nível, podemos vencer», rematou.