V. Setúbal-P. Ferreira, 0-1 (crónica)

O Paços de Ferreira conseguiu no Bonfim o primeiro triunfo da época (0-1), repetindo um feito que o Vitória de Setúbal, adversário deste sábado, tinha conseguido na semana anterior. No duelo entre Quim e Paulo Sérgio, dois treinadores que foram colegas de equipa em Setúbal, levou a melhor o segundo.
Com as duas equipas a precisar de vencer, ambos os técnicos apostaram num esquema de 4x4x2. Cedo se percebeu que o jogo ia ser aberto, mas foi o Paços de Ferreira que aproveitou melhor (e mais rapidamente) o espaço disponível para circular a bola. Logo aos oito minutos a equipa visitante inaugurou o marcador, por intermédio de Maykon. Ciel fez a assistência, após uma grande abertura de Manuel José, que aproveitou o adiantamento da defesa sadina.
O Vitória procurou reagir, mas revelou sempre enormes dificuldades para construir situações de golo. Djikiné e Kazmierczak são jogadores para tapar os caminhos da baliza, e não para construir ataques, pelo que a formação sadina foi sempre demasiado lenta e previsível na transição ofensiva. Ainda assim, aos 31 minutos, dispôs de uma soberana oportunidade para marcar. Keita isolou Luís Carlos, mas este permitiu a defesa de Cássio.
Esperava-se que esse lance pudesse animar a equipa da casa, mas logo a seguir o Paços de Ferreira quase aumentava a vantagem. Leandrinho ficou isolado ainda no meio-campo, caminhou sozinho até à baliza mas depois permitiu a defesa de Nuno Santos. A defesa do Vitória tinha procurado o fora-de-jogo, mas posicionando-se um metro à frente da linha de meio-campo!!! Simplesmente incompreensível.
A sorte dá trabalho, sabiam?
No segundo tempo pouca coisa mudou. O Vitória continuou a ter mais posse de bola, mas foi sempre incapaz de criar perigo, sem qualquer ligação entre sectores. Nem mesmo com a entrada de Alvaro Fernandez houve melhorias na transição ofensiva.
O Paços de Ferreira procurou explorar o contra-ataque, com Cristiano a sair do banco ao intervalo para agitar o ataque. O Vitória só conseguiu criar uma situação clara de golo, com Luís Carlos a surgir isolado (62m), mas a permitir a defesa de Cássio, à semelhança do que tinha acontecido no primeiro tempo.
Nos últimos minutos o Vitória deu o tudo por tudo, à procura do empate, mas foi desastrado na finalização. Keita cabeceou ao lado, na sequência de um livre, e Alvaro Fernandez permitiu nova defesa de Cássio depois de surgir solto na área. Foi a derradeira oportunidade.