Daúto Faquirá já não é treinador do V. Setúbal. A direcção do clube sadino decidiu rescindir com o técnico após o jogo desta quarta-feira com a Académica, para a Taça da Liga que o Vitória perdeu por 2-1. Carlos Cardoso assume a liderança da equipa.
Esta quinta-feira, o presidente da Comissão de Gestão, Luís Lourenço, explicou em conferência de imprensa no Bonfim que a desvinculação foi por mútuo entendimento.
«Estou aqui para anunciar que Vitória e Daúto Faquirá chegaram a um acordo amigável para terminar contrato, o mesmo acontece com a restante equipa técnica, ou seja, Luis Queirós, Alexandre Santos e Gil Soares».
Sobre a passagem do treinador pelo emblema do Sado, Luís Lourenço enalteceu a «postura séria e honesta» de toda a equipa técnica: «Daúto Faquirá foi incansável, só lhe faltou um elemento: a sorte. Esperemos que a encontre no próximo clube para que for trabalhar, porque competência não lhe falta.» Lourenço não revelou se o técnico receberá contrapartidas financeiras, pois tinha assinado contrato por duas temporadas, no início desta época.
Depois, o presidente sadino confirmou que «Carlos Cardoso aceitou, a nível transitório, ser o técnico do V. Setúbal» e cuja «competência não se coloca em causa» e que não está «minimamente preocupado» com a questão da sucessão.
Questionado sobre um novo técnico, e se Carlos Carvalhal podia regressar ao Bonfim, Luís Lourenço argumentou que, se calhar, é melhor esperar pelas eleições: «Está tudo em aberto. É óbvio que pela prospecção que fizemos não há muitos treinadores disponíveis com um perfil que possa interessar ao V. Setúbal. Se aparecer alguém estamos interessados. Também é por todos sabidos que há eleições no final do mês e penso que penso que será mais lógico esperar por essa altura, porque anunciei que não ia ficar.»

Por fim, o presidente da Comissão de Gestão contou que «os jogadores reagiram normalmente, mas ninguém é indiferente à saída de alguém que está connosco há cinco meses.»