Em terra de reis há um novo herói: chama-se Andrezinho e é brasileiro. O que nestes dias de cosmopolitismo não é bem uma novidade. Voltando a Andrezinho, o lateral insiste em tornar o Afonso Henriques num sítio mais agradável para a equipa. Fá-lo sempre à base da bomba. A bomba que embala o Berço.
Confira as notas dadas aos jogadores
Já o tinha feito na recepção ao F.C. Porto, por exemplo, no último jogo em casa, e voltou a fazê-lo neste sábado. Num livre à entrada da área, tirou todas as medidas e colocou a bola em arco fora do alcance do guarda-redes. O gesto foi perfeito, o efeito estético admirável e o resultado fantástico... dois grandes golos!
Andrezinho: «O mister deu uma cara nova à equipa»
Mais do que isso, foram golos que acordaram a equipa do marasmo e a lançaram para uma boa segunda parte. Da primeira vez não chegou para evitar a derrota, neste sábado sim, valeu a vitória. O Guimarães estava por baixo, mas o golo mudou tudo: despertou a equipa, chamou o público e valeu três pontos.
V. Guimarães desperdiça a primeira parte
O Rio Ave, é bom dizê-lo quanto antes, foi melhor na maior parte do tempo. No intervalo, aliás, o nulo era penalizador para a formação de Carlos Brito. Tinha entrado em campo confiante, segura e muito consistente no meio-campo. A partir daí defendeu bem e criou as melhores oportunidades de golo da primeira parte.
Veja quem foram os destaques do jogo
Duas, aliás. Ambas criadas por Bruno Gama e desperdiçadas por Wires e Chidi. Pelo meio ficou ainda por marcar um penalty por mão na bola de Desmarets. O V. Guimarães, esse, era incapaz de contrariar o ascendente do adversário e só num cabeceamento de Custódio ameaçou verdadeiramente a baliza de Carlos.
Paulo Sérgio: «Podia ter sido penalty e o Nilson podia-o ter defendido
A segunda parte começou com o golo de Andrezinho, o tal grande golo. O que mudou tudo. O V. Guimarães estabilizou o futebol, subiu claramente de produção e manteve o Rio Ave mais longe da baliza de Nilson. Nuno Assis, Custódio e João Alves ainda ameaçaram fazer o segundo golo, mas não conseguiram.
Rio Ave não merecia sair penalizado do jogo 500 na Liga
O Rio Ave demorou a reagir, mas reagiu. Bruno Gama ficou perto do golo e Wires obrigou Nilson à defesa da noite. A equipa cresceu então, atirou-se para cima do adversário. Acabou o jogo, aliás, em cima do adversário. Sobre o fim, Sílvio atirou à trave: esbarrou no ferro a sorte da equipa de Vila do Conde.
Carlos Brito: «Mesmo com um empate, não ficaríamos satisfeitos»
Ora feitas as contas, o V. Guimarães igualou o Rio Ave, subiu ao quinto lugar e garantiu um lugar europeu. Desta noite fica porém a certeza que Carlos Brito tem uma senhora equipa. Não merecia ser penalizada com a derrota no jogo 500 na primeira divisão, mas pode sorrir: o futuro não vai ser sempre injusto.