Alan Kardec

Oscar, quem? O Benfica pode ainda não ter Cardozo, mas não pode dizer que não tem ponta-de-lança. Alan Kardec fez dois golos esta noite, aumentando para quatro o seu «score» pessoal nesta pré-temporada, e assistiu Saviola para o segundo dos encarnados. Na véspera tinha referido que estar no plantel encarnado logo de início lhe está a fazer muito bem. Pela amostra, não são palavras sem sentido. Kardec quer explodir este ano.

Roberto

Jorge Jesus pediu um guarda-redes que, mais do que ser bom, conseguisse dar pontos à equipa. Roberto tarda em mostrar que pode ser esse guarda-redes. No encontrocom o Groningen, por exemplo, teve pouco trabalho e acabou o jogo sem fazer uma defesa e com três golos encaixados. É certo que não se lhe podem imputar responsabilidades, mas, não seria nesses lances que o tal guarda-redes teria de fazer a diferença? Esta noite voltou a facilitar no golo de Valdomiro, saindo completamente aos papéis. Um minuto antes tinha feito uma defesa assinalável. Nem deu tempo ao coro de críticos para baixar o volume. E as dúvidas foram adensadas com nova acção errada no tento de Douglas. Terá sempre de lidar com o peso do preço que custou, pois começa a ser mais problema que solução.

Gaitán

Bom jogo, apesar de algum desaparecimento a espaços. Assistiu Kardec para o primeiro golo e esteve irrequieto na segunda parte. Quando entra em dribles sucessivos é complicado pará-lo e os vimaranenses quase sempre viram-se obrigados a recorrer à falta para o fazer. Quando ganhar entrosamento com os colegas e conseguir ser mais constante vai ser um verdadeiro acréscimo à equipa.

Aimar e Saviola

Jogam juntos de olhos de olhos fechados e isso fez toda a diferença esta noite. Muito do que o Benfica jogou se deveu ao ritmo de produção desta dupla argentina. Até sair lesionado, Aimar foi o principal motor do ataque encarnado e Saviola inventou todo o lance do segundo golo. Com a saída do primeiro, o futebol encarnado ressentiu-se, até porque a pior fase dos encarnados no jogo foi mesmo o último quarto de hora da primeira parte.

Jara e Carlos Martins

O argentino não fez muito mais, é certo, mas o golo que apontou é factor de destaque seja qual for o jogo. Um «golaço» que levantou o D. Anfonso Henriques. Mas Carlos Martins iria conseguir imitar o novo colega, num livre directo superiormente batido, em que, no entanto, Serginho pareceu poder ter feito melhor. Carlos Martins leva, ainda, o prémio de melhor jogador do torneio.

Faouzi

Bons pés, algum estilo e um ou outro exagero individual que terá de ser corrigido. Ainda assim é um dos bons reforços que o Vitória descobriu esta temporada. Beneficiou do facto de ter jogado mais tempo para garantir o estatuto de melhor vitoriano em campo.

Edson

É verdadeiramente reforço para este Vitória. Dono e senhor das acções a meio campo, Edson não engana: tem classe, é craque e tem tudo para ser uma das figuras do campeonato português. Se confirmar as boas indicações deixadas, será um caso sério na Liga.

Bebé

Outra das revelações deste Vitória. Pescado no Estrela da Amadora, Bebé mostrou que estava a disputar um campeonato muito baixo para a sua qualidade. Muito rápido nas saídas para o ataque e actuando sobre qualquer um dos flancos, saíram dos seus pés as principais investidas dos minhotos no ataque durante a primeira parte.

Valdomiro

Dois golos de cabeça mostram que as principais virtudes deste central estão intactas: é imperial no jogo aéreo. No futebol moderno, costuma dar pontos.