Alê, guarda-redes do Beira Mar, não conseguiu esconder a sua má disposição depois de mais uma derrota para a Liga. O brasileiro voltou a ter que ir buscar a bola por três vezes dentro da sua baliza e no final fez questão de partilhar a sua insatisfação com os jornalistas.
«Acho que a minha cara diz tudo, não é? Até já sonho com um jogo em que não sofra golos», referiu, antes de abordar mais em pormenor as incidências da derrota no Bessa. «Até é complicado analisar a partida. Sofremos dois golos em que a bola bate nos nossos defesas, mas se tivéssemos jogado como fizemos na segunda parte, as coisas seriam diferentes», defendeu, numa tentativa de não polemizar a parca produção demonstrada pelos seus companheiros.
Confrontado com essa evidência, Alê tentou manter a compostura. «Pois é, mas o que é que eu vos posso dizer mais? Jogámos pouco e rematámos pouco, é verdade. Mas o discurso tem que ser positivo. Temos que acreditar que na próxima semana vamos vencer o Nacional. Não posso vir aqui falar com vocês e dizer o contrário.»
Pretendeu-se, então, saber se para um guarda-redes é fácil conviver com tantas mudanças na equipa. Na defesa, no meio-campo e no ataque foram cinco as novidades na equipa do Beira Mar frente ao Boavista. «Treinámos toda a semana com estas cinco mudanças, por isso não podemos falar em desadaptação. Sinceramente, além de não termos jogado bem, parece-me que também tivemos muito azar. Temos muito mais para dar, não merecemos estar em último.»
Regressámos à explicação dos dois primeiros golos do Boavista, aqueles que, no entender de Alê, sentenciaram o rumo dos acontecimentos. «No primeiro golo a bola bate no Alcaraz, depois do remate do Grzelak, e passa por cima de mim. No segundo é no Rui Lima¿ Faltou e tem faltado sorte à nossa equipa», insistiu Alê, ainda assim um dos menos maus do Beira Mar na noite deste último sábado.