Ulisses Morais, treinador do Beira Mar, no final do empate deste domingo, em Aveiro, diante do Moreirense:

«Ganhar um ponto é sempre ganhar um ponto, mas não era o que queríamos. Temos consciência de que era fundamental entrar seguros e crescer, aumentar a confiança, não criando ansiedade ou stress porque sabíamos que adversário, com o conforto de quatro pontos, iria tentar criar em nós alguma ansiedade. A verdade é que Moreirense entrou com uma estratégia de provocar e aproveitar o erro, teve algumas situações de perigo, mas não nos afetou. Surgiu então um penalty que, em circunstâncias normais, nunca nos marcariam, mas não quero colocar o foco na arbitragem. A verdade é que esse lance permite ao adversário chegar à vantagem de forma caricata. Isso atrasou a nossa ideia de crescer no jogo e aproveitar o embalo na segunda parte. Teve de ser à bomba que conseguimos fazer tudo, e por todos os meios, para mudar o estado e o rumo do infortúnio que todas as equipas têm e é por vezes difícil de sacudir. Sei que foi com erros, e de uma forma pouco segura, mas a atitude e a forma como a equipa se revoltou foi já um bom indicador. Fizemos o golo de forma justa, expondo-nos ao risco, dizendo que acreditávamos e os jogadores também. Fica a ideia de que nos revoltámos, não permitimos que as coisas acontecessem, ficando sentados. É pouco, queremos mais, e estamos a trabalhar para que o amanhã seja melhor. É o único caminho que temos.»