Ulisses Morais e Sebastião Lazaroni, treinadores, respectivamente, da Naval e do Marítimo, no final do jogo que os insulares venceram, neste domingo, por 3-0 na Figueira da Foz.
Ulisses Morais (treinador da Naval):
«Penso que houve um misto de duas coisas: a Naval não esteve ao seu nível e o Marítimo, por seu lado, jogou bem. Ganhou bem, esteve melhor e mais consistente. Já sabíamos que o jogo deles passava muito pelo Bruno e pelo Olberdam, que lançam os ataques rápidos. Era importante, por isso, anulá-los, mas não o conseguimos. Pagámos caro por isso. Claro que, na segunda parte, procurámos fazer tudo, mas perante uma equipa experiente e apostada em quebrar o ritmo de jogo, não foi possível. Parece uma frase feita, mas a verdade é que agora só podemos olhar para o futuro, preparar o próximo jogo para nos apresentarmos com coragem e a capacidade habitual desta equipa. Continuamos a depender de nós, agora com menos jogos.»
Sebastião Lazaroni (treinador do Marítimo:
«Este foi um jogo que disputámos no limite da qualidade, tentando fazer o que era o melhor para nós. Saímos felizes, porque a equipa esteve bem, foi eficaz em dois lances na primeira parte, e soube conter a Naval, o que era muito importante. Na segunda parte, tivemos de administrar uma série de mudanças tácticas, da parte do adversário, que teve de arriscar e nós, mais uma vez, conseguimos conter essa reacção e até fomos premiados com a estucada final. UEFA? Ainda é cedo, mas, ao mesmo tempo, cada jogo será uma decisão para nós. Há muitas equipas na luta.
[Sobre o facto de o filho não estar a jogar na Naval] Saio daqui satisfeito, mas também um pouco triste, porque a família também é importante. Como pai, vê-lo só que seja com saúde, já é uma honra. Penso que ele tem de ser perseverante, tentar agarrar uma oportunidade quando ela surgir, e mostrar a sua qualidade.»