Segundo triunfo para Sérgio Conceição e novamente fora de portas depois da estreia vitoriosa em Setúbal. Os algarvios desenvencilharam-se de uma U. Leiria moribunda, que ainda estrebuchou na segunda parte, chegando ao empate, mas o ânimo não deu para mais e, num ápice, com o segundo dos forasteiros e a expulsão de Djaniny, tudo ficou definido.
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Depois de uma semana de trabalho (mais uma) muito complicada, que meteu inclusive greve na sexta-feira, devido aos salários em atraso, além de trocas de acusações entre João Bartolomeu e Manuel Cajuda, dificilmente se poderia esperar algo de bom dos leirienses para esta partida.
Era um jogo de capital importância para a União, que poderia sair da zona de despromoção em caso de vitória, mas não havia condições para melhor. Continua a luta, mas fica a sensação que esta equipa pode já ter comprometido o objetivo para a época.
Desde a vitória sobre o V. Guimarães, em meados de Dezembro, que os do Lis não sabem o que é ganhar. Já lá vão oito jogos consecutivos e, mesmo em casa, onde Cajuda chegou a fazer escola, as coisas não têm corrido bem como o prova mais esta derrota. Lanterna-vermelha sem apelo, nem agravo, pois claro.
Leirienses a porem-se a jeito...
O contraste entre os estados de espírito das equipas percebeu-se praticamente desde o início. De um lado os algarvios a praticarem um futebol alegre, desenvolto e bem articulado, enquanto do outro estava uma equipa ansiosa, precipitada, e, a partir do golo de Dady, ainda mais desmoralizada.
Indiferente à situação, os jogadores da turma de Olhão iam dando machadas na defesa da casa, sempre na contra-ofensiva, com Salvador Agra a potenciar a motivação trazida dos Sub-21, mas também havia muito de Wilson Eduardo e de Dady na partida.
Do lado dos casa, quase nada lhes saia bem. Pior: as inúmeras perdas de bola no meio-campo defensivo geravam mais e mais saídas rápidas dos olhanenses para o ataque, que deixavam os centrais, e principalmente, Oblak em constantes sobressaltos.
Nestas alturas, por ironia, a sorte também não ajuda e a lesão de Robinho, pouco depois de inaugurado o marcador, foi apenas mais uma contrariedade para Cajuda. Vá lá que a equipa tinha de correr para minimizar os estragos e a entrada de Djaniny era, em rigor, somente uma questão de tempo.
O cabo-verdiano respondeu à altura ao conterrâneo do Olhanense e relançou a partida logo no início do segundo tempo, bem assistido por Bruno Moraes. A modificação tática de Cajuda (desfez o 4-2-3-1 para apostar num 4-1-3-2) dava frutos e a conversa de balneário parece ter resultado.
Leiria melhora, mas cai de novo
Os donos da casa faziam, finalmente, jus ao nome e mandavam na partida, mostrando-se agora muito mais consequentes no ataque e bem melhor posicionados no terreno para não se deixarem surpreender tão facilmente pelo contragolpe algarvio. O grito de revolta leiriense quase permitiu, aliás, o segundo golo não fosse a inspiração de Fabiano.
Aos poucos, o Olhanense foi, todavia, colocando tranquilidade na partida, para quebrar a intensidade do adversário, e, esperam que este perdesse o gás, para abrir uma nova brecha. Até pareceu fácil: Salvador Agra fez nova assistência, com direito a simulação de Caué, e finalização clássica para o recém-entrado Toy
Os festejos exuberantes custaram nova expulsão a Sérgio Conceição, mas o vermelho visto por Djaniny, logo de seguida, custou bem mais aos da casa. Sem o avançado, as hipóteses da U. Leiria voltar ao jogo caíram praticamente por terra. E Salvador Agra ainda deu a estocada final.
União Leiria
5 mar 2012, 22:09
U. Leiria-Olhanense, 1-3 (crónica)
Algarvios sobem ao sétimo céu, ultrapassando o Nacional, depois de pintarem ainda mais de vermelho a lanterna dos leirienses
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