«Estávamos muito perto um do outro na jogada e, na confusão, acabei por ajudar um colega, porque ao ver o cartão não me acontecia nada enquanto se fosse para ele a equipa ficaria com menos um jogador. O árbitro auxiliar também deve ter-nos confundido, por uma questão de pele. Penso que é uma situação normal no futebol», desdramatiza o médio brasileiro ao Maisfutebol.
Aparentemente de consciência tranquila, Elias não sente ter feito qualquer favor ao colega, talvez por considerar que teve um gesto altruísta. «Ele não tem nada que agradecer. O que fazemos é em prol de todos, da equipa. Agora, temos de nos manter unidos e lutar sempre para vencer», assegura o atleta leiriense, que «desculpa» a decisão do árbitro: «Tal como os jogadores erram, os juízes também têm esse direito. Nunca me tinha acontecido na carreira, mas, mais uma vez, penso que é uma situação normal. Ninguém é perfeito.»
Matar um leão por dia para jogar
Habituado a jogar com regularidade quando estava em Setúbal, Elias tem sentido dificuldades em impor-se na cidade do Lis. A concorrência, não esconde, é muito elevada: «O grupo é muito bom e forte. Cada jogador tem de lutar, todos os dias, para conseguir um lugar. É como ter de matar um leão a cada treino para podermos jogar.»
Ainda assim, faz um balanço «bastante positivo» dos primeiros meses sob o comando de Manuel Fernandes e, apesar do jogo complicado no passado domingo, com o Merelinense, acredita que conseguiu mostrar alguma coisa: «Foi bom para mim, porque não tenho sido opção. Agora vamos ver. Vou continuar a trabalhar para poder jogar mais vezes.»
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