O Beira Mar somou o primeiro ponto de 2012. Parece incrível dizê-lo desta forma mas é verdade. Somou o primeiro ponto, mas sem evitar um certo travo a injustiça. Por vezes, quando se carrega a lanterna vermelha, o peso parece insustentável. Foi o que aconteceu à U. Leiria.

Apesar de largamente superior na segunda metade do jogo, a equipa da Marinha Grande não conseguiu materializar o ascendente num único golo e acaba penalizada pelo resultado.

Era fundamental ganhar, para sair da zona de despromoção e o empate acaba por servir mais aos interesses dos beira-marenses, que continuam, por pouco, a respirar à tona da água.

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Em comum, porém, leirienses e aveirenses continuam a deter registos negativos: não vencem qualquer jogo desde meados de Dezembro. Uns já estiveram em sétimo, os outros em 11º, mas agora, quando se aproxima a fase do tudo ou nada, vêem-se embrulhados na luta pela sobrevivência.

A primeira parte da partida não teria praticamente nada para contar não fosse o choque de Ogu com um dos árbitros assistentes e a grande penalidade defendida por Rui Rego quase sobre o intervalo. Pelo meio, só houve uma coisa: mau futebol, passes errados, e total ausência de ideias. De parte a parte, embora o Beira Mar, naturalmente, tivesse parecido mais tranquilo em campo.

Para se ter uma noção do respeito que as equipas mostraram uma pela outra, basta dizer que o primeiro remate da partida de bola corrida aconteceu já o cronómetro marcava os 45 minutos, no lance logo a seguir à grande penalidade que Elvis desperdiçou frente a Rego.

Nesse período, curiosamente, quando se jogavam os descontos pelo tempo que demorou a substituição do auxiliar pelo quarto árbitro, jogou-se mais do que em toda a etapa inicial, com alguns lances em cada uma das áreas, mas sem que daí resultasse algo de concreto.

Á União, não só por ser a «dona» da casa como pelo facto de estar abaixo na classificação, coube, logicamente, fazer mais qualquer coisa e Djaniny poderia ter aberto o marcador numa desmarcação mas Rui Rego foi mais forte. Logo de seguida, os mesmos protagonistas, o mesmo resultado: o guarda-redes aveirense começava a merecer o estatuto de figura da partida.

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Para bem do espectáculo, e de alguns corajosos adeptos que ocuparam as bancadas, o jogo estava definitivamente mais animado, com os leirienses em plano superior, incisivos e persistentes na procura do golo. E a esbarrar num muro chamado Rego.

Os comandados de Manuel Cajuda fizeram, desta forma, por justificar os três pontos mas, no futebol, só pode vencer quem marca golos. E para isso é preciso ser eficaz. Outras vezes, sorte também ajuda. Neste domingo, os leirienses não tiveram nem uma coisa, nem outra.