Trabzonspor não esquece o título roubado pelo Fenerbahce

José Bosingwa joga no clube de Trabzon e Raul Meireles e Bruno Alves no Fenerbahce, mas só o primeiro jogou, enquanto Meireles ficou no banco e Alves nem sequer viajou, uma vez que recupera de lesão.

O ambiente estava péssimo já antes do início da partida, com a imprensa turca a reportar vários incidentes nas zonas envolventes ao estádio. Depois, com as bancadas lotadas, os jogadores da equipa de Istambul foram incomodados desde o pontapé de saída.

A rivalidade entre os dois clubes é intensa nomeadamente desde 2010/11, época que ficou marcada pelo escândalo de corrupção por resultados combinados que deu um título muito controverso para o Fenerbahce, com os mesmos pontos do Trabzonspor (e vantagem na diferença de golos). O nível de hostilidade entre os clubes atinge níveis intoleráveis há mais de três décadas, mas os problemas dentro e fora de campo têm aumentado nos últimos anos. Na sequência do caso de 2010/11 foram presas várias pessoas e a UEFA suspendeu o Fener da Liga dos Campeões na época seguinte, convidando o Trabzon para o seu lugar, mas a direção e adeptos do clube não se conformaram e reclamaram sempre que o título era seu, o que nunca viria a suceder.

Sempre que o clube de Istambul viaja até às margens do Mar Negro o ambiente é escaldante e no jogo desta segunda-feira não foi diferente. O mais atingido acabou por ser Volkan Demirel. Pedras, garrafas e bengalas (!) caíram na sua zona de ação, até ao árbitro suspender a partida, depois do guarda-redes ter festejado para a bancada o golo apontado por Emenike aos 23 minutos. O porta-voz do Trabzonspor viria mesmo a afirmar que Demirel foi «provocador».