O Sporting venceu esta quarta-feira o Sevilha, por 4-2, e garantiu o acesso à final do troféu Colombino, que vai disputar amanhã, com o anfitrião, o Recreativo de Huelva. Foi uma vitória perfeitamente justa dos leões pelo que mostraram no segundo tempo; sobretudo depois do que não tinham mostrado no primeiro indo também justamente a perder para o intervalo.
Paulo Bento deixou Romagnoli, que tinha sido sempre titular no banco e se os leões não ganharem o duelo no meio-campo não pode ser uma consequência directa disso, no lançamento da equipa para o ataque houve várias deficiências para as quais os leões não souberam encontrar soluções frente a um adversário que preencheu muito bem essa parte do terreno e não deixava trocar a bola.
Custódio recuperou a titularidade, mas teve espaço a mais para um jogador e como não dava para esticar não podia cobrir os dois médios-centro sevilhanos e ajudar o sector defensivo. O 4x4x2 clássico de Juande Ramos dominava a variante 4x1x3x2 de Bento.
A equipa espanhola controlava as operações e jogava bem na frente, pois quando o domínio se estende ao campo todo, quando se chega à defesa adversária começam a acontecer as ocasiões de golos. Foi o que aconteceu do ponto de vista do Sevilha. Os andaluzes entram com força e marcaram logo na primeira oportunidade.
Caneira estreou-se esta pré-época na equipa (como Ricardo que também fez o seu regresso esta quarta-feira) e não esteve bem a substituir o até aqui sempre titular Ronny. O lateral esquerdo do Sporting demonstrou ritmo bem menor que todos os outros e nem conseguia travar Navas e por isso mesmo muito menos arriscava adiantar-se havendo défice na esquerda
Paulo Bento mudou no reatamento e resolveu a situação na esquerda. Carlos Martins passou a ocupar bem o meio (até ser substituído com a cabeça cheia de mais com Maresca ¿ o que o treinador percebeu), Moutinho foi para a direita e Nani na esquerda.
Funcionou, mas os resultados até apareceram cedo de mais em relação ao que se podia esperar. Em quatro minutos o Sporting deu a volta ao resultado. E, já a ganhar, começou então a ser a equipa portuguesa que passou a dominar o encontro. As oportunidades dos sevilhanos deixaram de existir e os falhanços na defesa só voltaram a acontecer no segundo golo de Kanoute.
O meio-campo sportinguista já funcionava, os laterais já subiam, penalty sobre Miguel Garcia e nova vantagem leonina. Liedson já se tinha estreado minutos antes a marcar nesta pré-época; então foi a vez de regressar à marcação de penalties. Mas teve de ser em recarga...
A vencer novamente, Paulo Bento não quis arriscar mais e reforçou a equipa com paredes e refrescou o ataque. O Sporting dilatou a vantagem e foi segurando a passagem á final do torneio. Os sevilhanos foram ficando cada vez mais presos de soluções, mas não de movimentos. E Abel que o diga.
Com o Sporting a mandar no jogo, os jogadores do Sevilha não mais conseguiram do que terminar o jogo com menos dois elementos: um expulso por agressão, outro por protestar a decisão do árbitro.
FICHA DE JOGO
Estádio: Nuevo Colombino, em Huelva
Assistência: cerca de 5 mil espectadores
Árbitro: Fernández Borbalán
Sevilha: Palop; Dani Alves, Javi Navarro, Escude e David; Jesus Navas, Poulsen (Marti, 46), Renato (Maresca, 61) e Adriano (Puerta, 66), Chevanton (Kepa, 61) e Kanoute.
Não utilizados: Cobeño, Hinkel, Fernando Sales, Dragutonovic e Aitor Ocio
Treinador: Juande Ramos
Sporting: Ricardo; Miguel Garcia (Abel, 77), A. Polga, Miguel Veloso e Caneira (R. Tello, 46); Custódio; Nani, João Moutinho e Carlos Martins (C. Paredes, 63); Y. Djaló (Douala, 77) e Liedson (Tonel, 84).
Não utilizados: Tiago, Farnerud, Romagnoli, e Carlos Bueno
Treinador: Paulo Bento
Cartões amarelos: Caneira (22); Carlos Martins (61); Maresca (61); Javi Navarro (90)
Cartões vermelhos: Puerta (90); Kanoute (90)
Golos: Kanoute (22 e 62); João Moutinho (46); Liedson (51 e 67 pen.); Y. Djaló (73)