Pinheiro, de que é que precisam mais?
Entrou aos 61 minutos, quando o jogo estava mais morno. Mas a história ainda estava toda por contar. Pinheiro entrou, chegou à área e, na primeira vez que tocou na bola, marcou. 20 minutos depois, o árbitro viu-se obrigado a dar-lhe um amarelo porque demorou a cobrar o canto. Era um aviso para o Rio Ave: Pinheiro colocou a bola milimetricamente na cabeça de Valdomiro e estava feito o 2-0. A primeira vitória caseira do Trofense deve-se muito a ele, por isso é caso para perguntar se precisavam de mais alguma coisa.
Hélder Barbosa, todo-o-terreno
O dilúvio que se abateu sobre a Trofa mesmo antes do início da partida colocou dúvidas quanto à prestação dos jogadores mais tecnicistas, que precisam de ter a bola no chão. Mas Hélder Barbosa não se deixou abalar pelo relvado molhado e esburacado. O extremo foi o homem mais irreverente do ataque trofense e não deixou os defesas do Rio Ave em paz. Apesar de mais baixo e mais fraco no confronto físico, Hélder Barbosa conseguiu ganhar quase sempre e provou que o pressuposto estava errado: é possível jogar bem num relvado assim. Saiu aos 88 minutos e foi aplaudido de pé.
Paulinho, como novo
Não tem sido fácil este início de campeonato para Paulinho. O ex-jogador do Vitória de Setúbal tem lutado contra vários problemas físicos e vai alternando entre a titularidade e a bancada. Mas as horas de trabalho extra em relação ao restante plantel parecem ter compensado, pois Paulinho está como novo. Fresco, forte, rápido e com vontade de mostrar as suas qualidades. Soube aproveitar bem o lado menos protegido do Rio Ave com alguns cruzamentos muito perigosos e já pouca gente terá dúvidas de que o brasileiro sabe cumprir a lateral direito. Escusado o cartão amarelo aos 66 minutos, porque queria perder tempo.
Livramento, assim é outra coisa
Ficou de fora na última jornada, frente ao Leixões, e a equipa ressentiu-se. O meio campo do Rio Ave não é a mesma coisa sem Livramento. O médio regressou numa tarde de nevoeiro e foi sempre o primeiro a recuperar e o primeiro a sair para o ataque. Com transições rápidas e quase sempre acertadas, os 29 anos de Livramento serviram para ensinar os mais novos como se faz.
Henrique e Ronaldo, para esquecer
João Eusébio surpreendeu e apostou nesta dupla para o ataque, mas saiu da Trofa desiludido. Henrique e Ronaldo pouco ou nada fizeram e foram ambos substituídos quando a equipa já perdia. Para a próxima terá de ser diferente.